Huambo - O embaixador da República do Quénia em Angola, Josphat Kaunda Maikara, afirmou esta quinta-feira, no Huambo, que o mercado queniano está aberto ao investimento angolano, principalmente nas áreas da agricultura, pecuária e turismo.
O diplomata falava durante um encontro com os empresários da província do Huambo, onde desenvolveu, desde quarta-feira, uma intensa jornada de trabalho, com foco na identificação das potencialidades desta região do Planalto Central de Angola.
Josphat Kaunda Maikara garantiu que para facilitar o processo “não haverá burocracia” na aproximação dos empresários dos dois países, que pretendam investir, tanto no Quénia como em Angola, visando o desenvolvimento económico e social das duas nações do continente africano.
Entre os locais visitados pelo embaixador, destaca-se a fazenda Nguendalika, localizada na comunica da Calima, a 33 quilómetros a Sul da cidade do Huambo, que prevê colher, este ano, mais de 700 toneladas de batata-rena, 500 de cenoura, mil e 600 de pimento, 200 de repolho roxo e 20 de quiabo.
Depois de percorrer o projecto agrícola, com mais de 500 hectares de terras agricultáveis, o embaixador disse que o Quénia é uma referência em África, do ponto de vista da agro-pecuária, do turismo e do fornecimento de equipamentos de produção agro-industrial, uma experiência que quer passar para Angola.
Já o presidente da Câmara do Comércio do Huambo, Luís Sampaio, valorizou a iniciativa do Governo queniano em aproximar os investidores de Angola, com realce para os do Planalto Central, sem entraves, um facto bastante importante para o fortalecimento sócio-económico dos dois países.
Ainda no Huambo, o embaixador deslocou-se, igualmente, ao Instituto de Investigação Agronómica, onde ressaltou a necessidade do reforço da troca de experiência nas áreas de pesquisa de produção de fertilizantes, cereais e arroz, além das leguminosas e enxertias de mudas de abacates.
Angola e o Quénia mantêm relações desde 1961, mas o ponto alto deu-se em Junho de 1975, na Conferência de Nakuru, em Mombassa, quando os angolanos caminhavam para a conquista da independência, proclamada a 11 de Novembro de 1975
Em 2012, os dois países assinaram três importantes instrumentos jurídicos.
Trata-se do Acordo Geral de Cooperação Económica, Científica, Técnica e Cultural; o Memorando de Entendimento sobre Consultas Políticas entre o Ministério das Relações Exteriores e o dos Negócios Estrangeiros e Comércio Internacional do Quénia, bem como o sobre a criação da Comissão Bilateral.