Luanda – Um total de 24 822 micro empreendedores angolanos, dos quais 45% (11 169) mulheres, beneficiaram de microcrédito, em 2021, visando a facilitação do acesso ao financiamento das iniciativas de pessoas com baixa renda.
A informação foi dada esta terça-feira, em Luanda, pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves de Sousa, tendo apontado o sistema finacneiro não bancário (21 instituições de microcrédito) como o financiador dos empreendedores.
Sem precisar o valor desembolsado para a operacionalização desse microcrédito, a governante destacou também a integração de 76 258 cidadãos (mais de 60% mulheres) em actividades geradoras de rendimento, no período 2018 – 2021.
Ao disculsar no VI Fórum Nacional sobre Microfinanças/2022, a ministra fez saber que, em 2021, registou-se igualmente a abertura de 1 020 contas bancárias simplificadas, incluindo a “Bankita”, assim como a atribuição de 154 cartões multicaixas.
Essas acções, apontou, enquadram-se no Protocolo de Cooperação de Promoção da Educação e Inclusão Financeira em Angola, rubricado entre o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (MASFAMU) e o Banco Nacional de Angola (BNA), em 2021.
Esse protocolo também permitiu realizar 10 campanhas de sensibilização e 105 acções de formação sobre educação financeira, o que resultou no registo de 2 737 pessoas no sistema financeiro e formação de 872 multiplicadores de finanças pessoais, em 14 províncias do país.
Segundo Faustina Alves de Sousa, esses dados ilustram a necessidade de se continuar a advogar, junto das instituições afins, maior inclusão das mulheres como usuárias, provedoras e reguladoras de serviços financeiros, com vista a contribuir de forma sustentada para o combate às desigualdades do género e à pobreza.
Assegurou que os esforços do Governo continuarão voltados para o empoderamento sócio-económico das famílias, com foco na mulher, que tem a dupla tarefa de chefiar e sustentar as famílias.
O VI Fórum Nacional sobre Microfinanças/2022, promovido pelo MASFAMU, visou promover a inclusão finaceira das mulheres e das famílias, bem como o acesso ao serviço de microfinanças no país.
A identificação de oportunidades de financiamento e estratégias para o reforço dos serviços finaceiros para a mulher, assim como a avaliação da evolução das microfinanças e microcrédito, em particular, também fazem parte dos objectivos do evento bianual.
Sob o lema “Promover a inclusão financeira da mulher: é apostar no desenvolvimento económico do país”, o VI Fórum contou com a participação de mulheres empreendedoras, representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), especialistas de diversas áreas, entre outras individualidades.
“Políticas de inclusão financeira e fomento do financiamento para mulheres”, “Oportunidades e produtos financeiros para mulheres” e “a partilha de experiências nacionais e internacionais” dominaram os três painéis de debate do fórum.
