Millennium é intermediário financeiro da ENSA

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 26 Novembro De 2020    10h44  

Luanda - O Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado (IGAPE) atribuiu ao Banco Millennium Atlântico o papel de intermediário financeiro da primeira fase de privatização da ENSA- Seguros de Angola, S.A.

A privatização da ENSA será realizada de forma faseada, ocorrendo inicialmente por via de Concurso Limitado por Prévia Qualificação, e numa segunda fase por via de uma Oferta Pública Inicial (OPI), em Mercados Regulamentados, nos termos da legislação que a enquadra.

O Millennium Atlântico actuará como parceiro multinacional com reconhecida capacidade técnica, financeira e experiência em processos de privatização, contratação pública, mercados de capitais, operações de fusões e aquisições, num contexto internacional.

De acordo com uma nota do IGAPE a que a ANGOP teve acesso, para assegurar a consistência legal e regulatória da operação, foi seleccionado a sociedade de advogados CKA & Associados-Sociedades de Advogados R.L, que actuará também em parceira com multinacionais com capacidade e experiências relevantes, ao abrigo das regras aplicáveis.

Os intermediários financeiros e assessores jurídicos serão responsáveis em apoiar a estrutura "due diligence", avaliação, divulgação, roadshows, selecção de investidores e venda das participações sociais, para além de outras tarefas inerentes a materialização desta fase de privatização.

O IGAPE esclarece que os serviços de assessoria aos processos de privatização ao abrigo do PROPRIV resultam de procedimentos concursais, obedecendo aos princípios de transparência, igualdade e sã concorrência, em estrito cumprimento das normas aplicáveis, sendo os custos suportados em moeda local e com o resultado das alienações em duas fases das participações.

De acordo com o cronograma do Propriv, o processo de privatização da maior seguradora do país começou em 2019.

A ENSA teve perdas de 9,9 mil milhões kwanzas em 2019, fruto de medidas de saneamento financeiro desencadeadas pela sua administração, sobretudo associadas à constituição de provisões técnicas e para prémios em cobrança.

Apesar dos constrangimentos, a seguradora manteve-se na liderança do mercado, com uma quota de 35,29%, uma subida em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Associação de Seguradoras de Angola.

A ENSA registou um crescimento de 35% no volume de prémios brutos emitidos”, sendo que, em termos de áreas de negócio o destaque vai para a Saúde, que representou 49% do volume de negócios, seguida pela dos acidentes de trabalho e pessoais (17%) e pela petroquímica (16%).





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