Angola prevê estabilizar preço do açúcar até final deste ano

     Economia           
  • Luanda     Terça, 07 Maio De 2024    16h29  
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Açucar produzido pela Biocom em Malanje
Açucar produzido pela Biocom em Malanje
Joaquina Bento-ANGOP
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Produção nacional de Cana de Açucar no mercado do Catinton
Produção nacional de Cana de Açucar no mercado do Catinton
Domingos Cardoso-ANGOP

Luanda - Angola vai importar 210 mil toneladas de açúcar cristal branco, até ao fim deste ano, para estabilizar o mercado de consumo interno e estimular uma redução significativa no preço, informou esta terça-feira, em Luanda, o director nacional da Indústria, Evaristo Baptista.

Em declarações à ANGOP, o responsável explicou que o Ministério da Indústria e Comércio apurou, em Fevereiro último, mais de 10 operadores, dos quais três já licenciados, para a importação de 60 mil toneladas de açúcar, por via de um concurso público “leilão invertido”,

Desta quantidade, esclareceu, foram distribuídos, desde Março, 15 mil toneladas que impactaram em 3,53% na redução do preço final do açúcar, até ao momento.

As restantes 45 mil toneladas começam a chegar ao país, a partir de Junho próximo.

Segundo o director, a par deste facto decorrem os procedimentos para o licenciamento dos restantes operadores apurados para o processo de importação das 210 mil toneladas, previstas até ao final do ano.

Adiantou que Angola apresenta uma necessidade de consumo cifrada entre 210 e 244 mil toneladas, por ano, sendo que a produção interna está fixada em cerca de 100 mil toneladas, representando 44% do consumo do país.

Questionado sobre regularidade na distribuição e os níveis de produção nacional, Evaristo Baptista disse que a meta é fomentar a produção da cana-de-açúcar, no sentido de atingir a auto-suficiência desse produto de amplo consumo, até 2027.

Para o efeito, e no âmbito de um programa definido pelo Governo angolano, referiu que foram identificados, na província de Malanje, 10 mil hectares de terra para o cultivo da cana-de-açúcar, com o objectivo de aumentar significativamente a quota de produção nacional.

Nesta perspectiva, até 2025, será implementada uma fábrica de produção com matéria-prima 100% nacional, com capacidade de refinar três mil toneladas por dia, num investimento privado, de acordo com a fonte.

Ainda neste quadro, o director nacional reiterou que os produtores podem recorrer ao Fundo de Garantias de Crédito (FGC) para o financiamento da produção da cana-de-açúcar. OPF/VC

 

 





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