Angola é auto-suficiente no domínio do sal, garante ministra

     Economia           
  • Benguela     Quarta, 07 Fevereiro De 2024    15h32  
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Salinas Tchicamby, localizada na cidade do sal município da Baía-Farta
Salinas Tchicamby, localizada na cidade do sal município da Baía-Farta
Antonio Lourenço
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Ministra das Pescas inaugura Salina Tchicamby na cidade do sal
Ministra das Pescas inaugura Salina Tchicamby na cidade do sal
Antonio Lourenço

Chamume - A ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos, Carmen do Sacramento Neto, desmentiu, no município da Baía Farta, província de Benguela, rumores sobre a continuidade de importação de sal.

Angola produz actualmente cerca de 210 mil toneladas de sal/ano, quantidade considerada acima das suas necessidades, estimadas em cerca de 70 mil.

Falando à imprensa, terça-feira à margem da cerimónia de inauguração das Salinas Tchicamby, a governante explicou que a importação que existe tem a ver com sub-produtos do sal, que ainda não são fabricados no país.

Entre estes, constam as pastilhas de sal, que são usadas nas maquinarias das cervejeiras e produtos para uso na limpeza dos aparelhos da hemodiálise.

"Estamos a trabalhar com os salineiros para que possam produzir o sal com uma pureza de 99, 9 por cento para facilitar a produção destes sub-produtos", afirmou.

Segundo ela, a perspectiva do Ministério é atingir as metas preconizadas no que toca à auto-suficiência em todos os aspectos, respondendo às necessidades do consumo humano, animal e também da indústria petrolífera.

Questionada sobre o número de salinas no país, Carmen Neto disse apenas que ainda não satisfazem os anseios do Ministério, tendo em conta o potencial do país em termos de recursos para produção do sal.

"Para a cidade do sal perspectivamos mais oito salinas, o que significa que as nossas metas vão ser cumpridas em curto espaço de tempo", assegurou.

A ministra referiu-se ao Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) que vai proporcionar essas metas e também sobre a contribuição do Ministério no Produto Interno Bruto (PIB), esperando que Angola sinta que o sal que produz está a ser distribuído pelas dezoito províncias.

"Abre-se aqui a possibilidade de produção, mas, acima de tudo, de empregabilidade para os jovens", sublinhou.

Por outro lado, as salinas desactivadas há vários anos na cidade do Lobito continuam a ser exploradas por antigos trabalhadores e não só, produzindo sal impróprio para o consumo.

Sobre esta questão, Carmen Neto disse ter preparado uma proposta para o governador Luís Nunes e depois vai se pronunciar sobre a visão e que medidas serão adoptadas pelo Ministério para acabar com esta actividade.

Questionada sobre a pesca ilegal na Baía do Lobito (zona de desova), com equipamentos luminosos, a titular das Pescas foi peremptória em dizer que "esta pesca está proibida".

Para o efeito, fez saber que "a Fiscalização tem cumprido com o seu papel, tendo já apreendido esses equipamentos". TC/CRB





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