Ministra defende representatividade da África subsariana no Conselho do FMI

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  • Luanda     Quinta, 12 Outubro De 2023    14h29  
Ministra das Finanças, Vera Daves (Arquivo)
Ministra das Finanças, Vera Daves (Arquivo)
Gaspar dos Santos - ANGOP

Luanda – A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, afirmou, quarta-feira, em Marrocos, que a África subsariana deve aumentar a sua representatividade junto do Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Esta observação foi feita durante a sua alocução na Mesa Redonda sobre as “Prioridades e políticas do FMI", promovida pela secretária do Tesouro Americano, Janet Yellen.

De acordo com a chefe da delegação angolana, que se encontra na cidade de Marrakech para as reuniões anuais do Grupo Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, há um legado que precisa de ser resolvido para que o FMI cumpra, de forma êxitosa, com o seu compromisso de dar maior visibilidade aos países da África Subsariana no cenário macroeconómico mundial.

“É necessário que se atribua o terceiro Presidente para a África Subsariana no Conselho de Administração do FMI, que é o menos representado no conselho. Instituições fortes cumprem os seus compromissos. Façamos com que o FMI cumpra o seu compromisso de aumentar a voz da África Subsariana. Vamos fortalecer juntos o FMI, com mais apoio da nossa região”, alertou.

Conforme o site do Ministério das Finanças, Vera Daves de Sousa assegurou, por outro lado, que Angola apoia a continuidade e o aumento de quotas, bem como a conclusão da 16ª revisão geral, para melhorar o poder do FMI.

“A criação do terceiro presidente será convocada com medidas de reforma, incluindo a recente decisão do G-20 de estabelecer um representante permanente para a União Africana, de forma a fortalecer a voz de África, em importantes questões financeiras globais”, disse.

A titular da pasta das Finanças de Angola frisou que vários países cresceram e as suas posições na economia mundial mudaram, num contexto “de crise após crise, e as economias, especialmente as economias em desenvolvimento, foram drasticamente afectadas por elas. Assim, exige-se uma acção mais forte por parte do fundo, uma maior participação de todos nas decisões e uma voz mais representativa dos países”.

A ministra considerou ainda que a relevância da instituição de Bretton Woods depende da capacidade de adaptar o seu aconselhamento político e o conjunto de ferramentas de empréstimo, dado o papel central que ocupa na arquitectura financeira global.

“Entendemos que é necessário um reinvestimento na instituição. No futuro continuará a ser necessário adaptá-la às mudanças de realidade e fortalecê-la, no cumprimento da sua missão, para que continue a desempenhar melhor o seu papel de fornecer um sólido apoio macroeconómico, aconselhamento político, assistência técnica e assistência financeira aos países”, enfatizou a ministra das Finanças.AC



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