Governante apela à criação de cooperativas de taxistas

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 12 Março De 2021    21h01  
Agostinho Manuel, Taxista
Agostinho Manuel, Taxista
Rosário dos Santos

Luanda – O ministro dos Transportes, Ricardo D`Abreu, apelou quinta-feira, em Luanda, aos taxistas para criarem cooperativas para aquisição de novos autocarros e reforço do transporte urbano de passageiros.

Conforme o ministro, que falava num encontro formal com essa classe profissional, a organização destes em cooperativas ajudaria a vencer a preocupação da empregabilidade e garantir a segurança rodoviária no país.

Alertou, por outro lado, os taxistas congregados na Associação dos Taxistas de Angola (ATA) a prepararem-se para explorar a estrutura de negócios dos transportes urbanos, como uma forma de progressão da sua acção na cadeia de valor dos transportes.

A cadeia de valor dos transportes urbanos em Angola compreende autocarros colectivos, táxis colectivos, os vulgos “girabairros” e mototáxis.

Entretanto, sublinhou que essa é agravada com a entrada de cidadãos que colocam as suas viaturas nas vias sem estarem licenciadas, bem como detentores de transportes de mercadorias que as transformam em meios de locomoção de passageiros.

Segundo o ministro, para reverter essa situação, o sector dos Transportes produziu nova regulamentação sobre a actividade de táxis colectivo e dos mototaxistas.

Disse que o sector tem procurado cooperar com os ministérios da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e da Economia e Planeamento, quer para assegurar a profissionalização e formalização desta actividade quer no sentido de garantir um sistema de previdência social para os profissionais.

Referiu que o programas de Reconversão da Economia Informal (PREI) e de Aceleração e Promoção do Emprego (PAPE) jogam um papel fundamental para estes objectivos, dando resposta aos anseios dos jovens que constituem a maior franja dos taxistas.

“No PREI, julgamos que se pode integrar a vossa preocupação com a política de créditos, em modalidade especial”, assegurou Ricardo D`Abreu.

Por outro lado, a Associação dos Taxistas de Angola (ATA) entende que o Ministério dos Transportes pode, ao nível institucional, ajudar a estabelecer relacionamentos com as entidades de concessão de créditos.

Segundo o presidente da ATA, Rafael Inácio, muitos patrões perderam a capacidade de manter os empregos dos seus associados e que mais de 30 mil taxistas precisam de ajuda para a manutenção da sua actividade.

“Nós não pedimos dinheiro ao Governo, mas a assistência para lidarmos com as entidades bancárias que podem conceder créditos bonificados, porque o crédito poderá ajudar muitos taxistas e milhares de famílias”, esclareceu.

Lembrou que um táxi pode sustentar a vida de sete famílias, em média, mas os patrões deixaram de investir em viaturas.

O ministro dos Transportes reconheceu também a necessidade de se profissionalizar a actividade dos taxistas.

 





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