Ministro de Estado destaca resultados das reformas económicas em Angola

     Economia           
  • Huambo     Sexta, 21 Janeiro De 2022    18h54  
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior
Clemente dos Santos

Huambo – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, afirmou hoje, sexta-feira, no Huambo, que as reformas para a estabilização macro-económica de Angola atingiram resultados satisfatórios durante os últimos quatro anos.

O governante falava durante um encontro com os empresários da província do Huambo, à margem da inauguração da primeira agência regional do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) fora de Luanda, capital do país.

Segundo o ministro de Estado, até finais de 2017, a economia do país apresentava indicadores profundamente desequilibrados, uma situação revertida nos últimos quatro anos, com a implementação de reformas por parte do Executivo.

Referiu que estas mudanças permitiram a Angola apresentar actualmente as suas contas internas equilibradas, com saldos fiscais positivos, ao invés de défices orçamentais.

Manuel Nunes Júnior sublinhou que essa acção do Executivo fez com que a dívida pública tivesse uma trajectória sustentável, para além da regularização do mercado cambial, com a estabilização da moeda nacional (Kwanza).

Disse terem sido ainda introduzidas profundas melhorias em todas as contas externas, com reflexos positivos a nível das reservas internacionais líquidas.

“Esses resultados difíceis de atingir, porque não são todos os países que os conseguiram em tão pouco tempo, não constituem um fim em si mesmo, pois, apesar da estabilização macro-económica ser necessária, não é suficiente para o alcance do objectivo estratégico que se pretende”, alertou.

Acrescentou, porém, que esses resultados são meios para o país atingir o objectivo fundamental, assente na melhoria do bem-estar e da qualidade vida dos cidadãos.

Nesta conformidade, Manuel Nunes Júnior disse ser necessário continuar a aumentar a produção nacional de bens e serviços, de modo a diminuir as importações e fomentar e diversificar as exportações.

Reiterou a importância do crescimento económico de Angola para a resolução dos vários e complexos problemas sociais, com particular realce para a criação de emprego, a melhoria dos rendimentos dos cidadãos e a melhoria do seu bem-estar.

O ministro de Estado disse que o foco da acção governativa é assegurar uma verdadeira diversificação da economia, com aposta na continuação da melhoria das infra-estruturas, no desenvolvimento da agricultura, da agro-indústria, da indústria transformadora, das pescas, do turismo e de outros sectores intensivos em mão-de-obra e que contribuem para o combate à pobreza.

No encontro, a que participaram o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, o governante disse que a abertura da primeira agência regional do Banco de Desenvolvimento de Angola fora de Luanda visa descentralizar os serviços e produtos prestados por essa instituição bancária.

“Há muito tempo que os empresários angolanos lamentam o facto de a principal agência de crédito para o fomento da produção nacional estar apenas em Luanda, daí a razão da abertura do ponto de atendimento regional do Huambo para atender, igualmente, a classe empresarial do Bié”, frisou.

Acrescentou que, para além dessa agência, o BDA procederá ainda, este ano, à abertura de outros seis pontos de atendimento regionais nas províncias da Huíla, de Benguela, do Uige, da Lunda Sul, do Moxico e de Cabinda, sendo que as quatro primeiras já estão concluídas.

Para dar cobertura efectiva a procura dos produtos e serviços do BDA em todo território nacional, foram definidas oito regiões, designadamente Luanda (Bengo e Cuanza Norte), Huambo (Bié), Huíla (Namibe e Cunene), Benguela (Cuanza Sul), Uige (Zaire e Malanje), Lunda Sul (Lunda Norte), Moxico (Cuando Cubango).





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