Ministro de Estado entrega tractores a ex-militares

     Economia           
  • Benguela     Terça, 15 Dezembro De 2020    21h16  
Tractores (foto ilustração)
Tractores (foto ilustração)
Cedida

Benguela – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, entregou terça-feira, no município do Cubal (província de Benguela), 15 tractores a cooperativas agrícolas de ex-militares.

Esses meios fazem parte do lote de 500 tractores que o Chefe do Executivo, João Lourenço, anunciou para distribuição às cooperativas agrícolas de ex-militares, durante o discurso sobre o Estado da Nação, na Assembleia Nacional, a 15 de Outubro último.

Nesta primeira fase os tractores beneficiaram cinco cooperativas, nomeadamente do Rio Bom, Alto Jerequete, Lutila Wemba, Catukumbi e Tumbulo, localizadas nas comunas da Capupa, Yambala e Lomaum.

Na ocasião, Manuel Nunes Júnior reafirmou que os 500 tractores serão distribuídos a fundo perdido, para cerca de 250 cooperativas de ex-militares em todo o país.

Segundo o governante, a distribuição está a ser processada com base em critérios como quantidade de terra cultivada, número de associados por cooperativa e a situação legal da mesma e das terras, prevendo atingir  cerca de 30 mil beneficiários directos e mais de 150 mil indirectos.

“Pretende-se beneficiar cerca de 70 por cento dos ex-militares do país, no sentido de beneficiarem de projectos de inclusão produtiva”, referiu.

Manuel Nunes Júnior acrescentou ser necessário que se cuidem os meios alocados, de modo a terem um longo tempo de utilização.

Para o efeito, revelou, os motoristas e mecânicos serão treinados na fábrica de montagem de tractores, recentemente inaugurada em Luanda, e também nos centros regionais existentes nas províncias do Huambo, Huíla e Moxico.

Os operadores e técnicos terão aulas teóricas e práticas sobre a correcta utilização e manutenção dos tractores, que contam com garantia de um ano de assistência técnica, da responsabilidade da montadora.

Enfatizou que o aumento da produção nacional, a substituição das importações e a diversificação das exportações de Angola constitui um dos principais focos da governação do país.

Por esta razão, considerou ser bom saber que terá sido por este motivo que a maioria dos ex-militares optou pela prática da agricultura não havendo dúvidas de que, pelo rigor, bravura e disciplina que os caracteriza, em breve as suas cooperativas contribuirão no aumento da produção interna dos principais produtos da cesta básica.

Manuel Júnior anunciou que na próxima semana serão contemplados ex-militares na província do Huambo, seguindo-se as da Huíla e do Cuanza Sul, por terem maior número de ex-militares, segundo os critérios de selecção dos beneficiários.

Ressaltou igualmente o papel do Fundo de Desenvolvimento Agrário (FADA) nesta cadeia produtiva, que vai da produção ao escoamento e comercialização dos produtos, mediante a concessão de crédito as cooperativas de ex-militares, devendo antes serem preenchidos os critérios de elegibilidade.

Na medida em que os níveis de produção e de organização forem crescendo, disse, estas cooperativas poderão fazer recurso aos créditos da banca comercial, criando mais empregos directos e indirectos e aumentando a produção.  

Para o presidente da cooperativa de ex-militares do Alto Jarequete, Fernando Ngalanga, a inclusão de tractores no sistema produtivo vai alterar significativamente o quadro.

A cooperativa, com 308 membros e cerca de 906 hectares, produz actualmente milho, feijão, ginguba, arroz e massambala, em quantidades ainda reduzidas, situação que espera agora inverter.

Já Paulino Semente, presidente da cooperativa Lutila Wemba, disse ter sob seu controlo 532 membros e 500 hectares, dos quais apenas 250 estão cultivados, com uma produção mais focada para a subsistência, esperando aumentar os níveis com a incorporação dos tractores e alfaias recebidos.

Por seu lado, Walter Basílio, técnico do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), deu a conhecer ao ministro de Estado da Coordenação Económica a existência de pragas que já constituem preocupação.

Trata-se da chamada lagarta mineira ou militar, adiantou.

Estiveram presentes na cerimónia, entre outras individualidades, os ministros da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, da Agricultura e Pescas, António Assis, e da Família e Promoção da Mulher, Faustina Inglês, assim como o governador provincial em exercício, Leopoldo Muhongo.

 

 





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