Ministro de Estado para a Coordenação Económica reitera mais apoios aos projectos das FAA

     Economia           
  • Bié     Sábado, 06 Janeiro De 2024    16h20  
Ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, visita activos do ISSFAA no Bié
Ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, visita activos do ISSFAA no Bié
Jilmar Chitondua

Catabola - O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reiterou, este sábado, no município de Catabola, mais apoios aos projectos desenvolvidos pelas Forças Armadas Angolanas (FAA) na província do Bié, com vista a tornarem-se autossuficientes e contribuírem na diversificação da economia nacional.

Falando à imprensa local, após visitar os activos económicos do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (ISSFAA), José de Lima Massano considerou de grande valia a Fazenda Agro-industrial de Camacupa, a Cerâmica Prémio da Paz, o Centro de Produção de Mudas, bem como os Polígonos florestais de Belchior e Ganga.

Sublinhou que estes projectos permitem atender as necessidades dos cidadãos.

O ministro de Estado acrescentou que os apoios que o Executivo tem vindo a dar às Forças Armadas Angolanas têm que ver com a assistência técnica e metodológica, através do Ministério da Agricultura e Floresta, uma aposta que será contínua para atingir os objectivos preconizados.

Relativamente à Fazenda Agro-industrial de Camacupa, José de Lima Massano avançou que a mesma possui uma capacidade para atender, igualmente, a Polícia Nacional, através do entendimento que se firmou, enquanto o excedente deverá estar disponibilizado ao mercado nacional.

Considerou, por outro lado, satisfatório a envolvência de famílias camponesas ao redor da fazenda, na execução do projecto, maximizando assim a oferta de empregos e de conhecimentos relativos ao sector da agricultura e não só.

Outrossim, Mostrou-se satisfeito com a capacidade que a Cerâmica Prémio da Paz deverá colocar à disposição dos cidadãos já este ano, bem como a contratação que efectuou de mais postos de emprego, visando o bem-estar das famílias.

Quanto ao Centro de Produção Mudas, o ministro de Estado adiantou que o mesmo coloca o país no patamar acima da média, por causa do grau de implementação da investigação científica, na medida em que deverá ser fundamental na região Austral do continente, à semelhança da África do Sul e Zâmbia.

Durante a sua estada de algumas horas ao Bié, José de Lima Massano, em companhia dos ministros da Defesa e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos "Liberdade", da Agricultura e Floresta, Francisco Assis, e do governador local, Pereira Alfredo, visitou as fazendas agro-industriail de Camacupa e Arrozal.

Constatou ainda o funcionamento da Cerâmica Prémio da Paz e o Centro de Produção de Mudas, todos situados na comuna da Chipeta, município de Catabola.

A Cerâmica Prémio da Paz, afecta às Forças Armadas Angolanas (FAA), localizada na comuna da Chipeta, a 25 quilómetros a Leste do Cuito, prepara-se para produzir trinta mil tijolos por dia, o que vai permitir exportar também para as Repúblicas da Zâmbia e Congo Democrático, já a partir deste ano.

Já a nível nacional, perspectiva-se a comercialização nas províncias do Huambo, Moxico e Cuando Cubango.  

Para o efeito, conta desde 2018 com duas linhas de produção de grande escala, sendo uma para produção de tijolos e outra para o fabrico de telhas e abobadilhas, pratos e chávenas, onde se prevê uma produção diária de cinco mil unidades de cada.

Neste momento, por exemplo, já arrancou os primeiros testes, cujos resultados são satisfatórios, que apontam uma produção diária de cinco mil tijolos, capacidade inicialmente prevista, aquando da sua criação, em 2011.

Nesta primeira fase, os trabalhos são assegurados por 76 operários, 19 funcionários contratados e dois técnicos expatriados.

O plano de exportação do material será, fundamentalmente para Zâmbia e Congo Democrático, através do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB).

Este empreendimento funcionou em regime experimental entre 2011 a 2013.

Já a fazenda Agro-industrial de Camacupa ocupa uma extensão de 10 mil hectares e nas últimas épocas agrícolas tem estado a produzir apenas em três mil hectares. 

O empreendimento tem merecido atenção especial do Executivo nos últimos anos, com finalidade de produzir o suficiente, tendo em conta a sua dimensão, especialmente, para ajudar a reduzir as importações de bens que o país produz, como milho, arroz, feijão, soja e outros bens alimentares.

Em termos de produção, a zona industrial, na sua exploração máxima, pode produzir até 20 toneladas de fuba de milho dia.

A Fazenda Agro-industrial de Camacupa dedica-se, ainda, à criação de animais de pequeno e grande porte e conta com 13 técnicos formados em Medicina Veterinária.

Já o polígono do Belchior conta neste momento com um milhão e 100 mil árvores, entre eucaliptos, cedros, pinheiro, parical e outras.

Até Dezembro de 2023 estava previsto atingir um milhão e 800 mil plantas, numa área de mil 500 hectares.

Já para os próximos 15 anos, a projecção é de se plantar 100 mil hectares com árvores diversas, num investimento que vai rondar os 40 milhões de dólares.

Enquanto no polígono da Ganga, no município do Chinguar, que possui mais de quatro mil e 600 hectares, estão plantados acima de 800 hectares, com previsão de atingir mil e 500.

O centro de produção de mudas está implantado numa área de 36 mil e 50 metros quadrados, possui três casas de sobra com 15 mil metros quadrados, uma estufa com 126 metros quadrados, 15 mil metros quadrados de área de rustificação de mudas, nave de substratos com 315 metros quadrado, cozinha e refeitório.

Tem ainda uma área de compostagem de 111 metros quadrados, área administrativa, oficina e parque de máquinas, área residencial, sanitários e cortina de vento, com três mil metros lineares, de modo a produzir mudas florestais de alta qualidade e sanidade.

Conta com plantações de dois hectares de eucaliptos diversos, 2,3 hectares de mogno africano, um hectare de acácia, igual de paricá, dois de pinus elliotti e pinus taeda, mudas de teca, cedro, açaí, café arábica, entre outras.

O empreendido visa garantir maior segurança e protecção do meio ambiente, conferir maior dignidade às famílias e de criar negócios para gerar dividendos que financiem o Fundo de Reserva e Estabilização do Sistema de Segurança Social das FAA, bem como reduzir a dependência do Orçamento Geral do Estado (OGE).JEC/PLB





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