Benguela - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, destacou esta sexta-feira, os progressos alcançados no sector diamantífero, tendo em vista o aumento da produção de diamantes para 10,55 milhões de quilates, no período 2018-2022.
No discurso a propósito do VII Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mierempet), realizado em Benguela, Diamantino Azevedo ressaltou a meta do Governo de elevar a produção de diamantes, por meio do Programa de Desenvolvimento e Modernização das Actividades Geológico-Mineiras.
Trata-se de uma estratégia definida pelo Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022, no sentido de apoiar os produtores a aumentarem a produção de pedras preciosas e estender a cadeia de valor a jusante, com a meta de aumentar a produção de diamantes para 10,55 milhões de quilates.
Realçou que a nova política de comercialização de diamantes brutos e o regulamento para a exploração semi-industrial permitiram assegurar maior transparência, competitividade e atractividade no que respeita à captação de investimentos na indústria diamantífera.
De acordo com o responsável, foi ainda construído o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, que congrega um conjunto de empresas de lapidação e serviços com foco na cadeia de valor dos diamantes e o laboratório de diamantes de Angola, que permitirá a realização de análises mineralógicas deste recurso.
O titular do pelouro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás citou ainda a produção de ouro em cerca de 13 mil onças finas como segunda meta a alcançar, tal como o aumento da produção de rochas ornamentais para 61, 63 mil metros cúbicos.
Daí ter sublinhado o arranque da produção dos projectos Chipindo, na Huíla, e Gandavira-Samboto, no Huambo, bem como a entrada em produção experimental dos projectos Chicuamone, Mpopo, na província da Huíla e do projecto Buco Zau, na província de Cabinda.
Estão em fase de prospecção os projectos Lombem Mining em Cabinda, Mapele no Huambo e os projectos Almina e Chipumbula, na província da Huíla, como explica.
A produção de calcário em cerca de 35, 5 mil metros cúbicos e o aumento de 800 mil toneladas de metais ferrosos constam das metas, incluindo, como avançou, o apoio aos produtores de recursos minerais para a construção civil, como areia siliciosa e argila.
Quanto à produção de minério de ferro, destaca-se o arranque da produção experimental no projecto Minero-Siderúrgico do Cutato-Cuchi na província do Cuando-Cubango, estando ainda em acompanhamento os projectos de Kassinga na Huíla e Kassala-Kitungo no Cuanza-Norte.
A constituição da Agência Nacional dos Recursos Minerais, o reajustamento da orgânica e atribuições do Instituto Geológico de Angola (IGEO) e o reforço do papel da Comissão Nacional do Processo Kimberley, responsável pela certificação dos diamantes de origem, são outras acções destacadas.
Diamantino Azevedo também assinalou a reestruturação em curso da Endiama E.P., para tornar-se numa empresa capaz de assumir o papel de liderança na produção de diamantes.
De igual modo, foi também mantida a posição da Sodiam E.P., como órgão público de comercialização de diamantes e, neste momento, está em constituição a bolsa de diamantes de Angola, que se encarregará de assegurar as transacções de diamantes no país.
Quanto ao subprograma das infra-estruturas, foram concluídos os projectos de construção e apetrechamento das infra-estruturas geológicas que incluem a sede do IGEO, o laboratório central de Luanda, os laboratórios regionais do Lubango e Saurimo, assim como o centro de valorização de rochas ornamentais do Lubango.
Para além de apreciar as acções implementadas e os resultados durante a presente legislatura, o VII Conselho Consultivo do Mirempet também avalia o grau de cumprimento das recomendações do VI Conselho Consultivo e o balanço do PDN 2018-2022.
Temas como a "Transição energética, Conteúdo local e Agro-minerais" dominam o debate no Conselho Consultivo do Mirempet.
