Ministro do Comércio exorta empresários a aderirem ao PAC

     Economia           
  • Benguela     Sexta, 06 Novembro De 2020    13h57  
Ministro da Industria e Comércio, Victor Francisco Dos Santos Fernandes
Ministro da Industria e Comércio, Victor Francisco Dos Santos Fernandes
cedida

Benguela – O ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, exortou, nesta sexta-feira, a classe empresarial a aderir ao Pacote de Alívio Económico, para minimizar os efeitos da pandemia da Covid-19 no sector económico.

Segundo o governante, que falava à imprensa, apesar do contexto económico, o Executivo tem anunciado com frequência várias medidas económicas e soluções de financiamentos para o empresariado, cabendo a esta classe interagir com as entidades credoras.

Victor Fernandes referiu que os empresários, ao invés de continuarem a reclamar, devem aproveitar as oportunidades criadas pelo Executivo.

O titular da Indústria e Comércio enfatizou que o dinheiro nunca foi suficiente, pelo que a classe empresarial precisa ser rigorosa e eficiente na utilização dos recursos colocados à sua disposição.

Informou, por outro lado, que a sua participação, esta semana, numa vídeo-conferência com  mais de 500 operadores de diferentes países serviu também para convidar os potenciais investidores a aproveitarem as oportunidades de investimentos em todo país, sem excepção.

”Conseguimos ser competitivos porque Angola tem, entre outras vantagens, boas leis, estabilidade e rios abundantes, além de clima favorável, sorte que muitos países não têm”, frisou o governante.

Indagado sobre o actual estado da África Têxtil, unidade fabril visitada, Victor Fernandes considerou-a como uma viatura de luxo que aguarda apenas por um condutor para pô-la em funcionamento, gerando-se muitos empregos.

O ministro informou que o complexo têxtil já privatizado, cujo concurso público foi ganho por um concorrente zimbabweano, prevê nos seus termos de referência o fornecimento no terreno de matéria-prima para o seu funcionamento, mormente o algodão, a tinturaria e outros complementos.

Sobre a visita que efectua em Benguela até ao próximo sábado, disse tratar-se de um ciclo que vai se estender às demais províncias do país, cujo objectivo é constatar a realidade do parque industrial e sua organização, tendo em conta a necessidade do seu relançamento.

Acrescentou  que se pretende que a indústria transformadora tenha correspondência com a produção agrícola e, ao que se sabe, Benguela tem muita família que se dedica a agricultura, apesar desta produção ter conhecido alguma redução.

Admitiu que, apesar disso, torna-se necessário relançá-la para que tudo aconteça, uma vez que a província tem um corredor logístico que deve ser aproveitado e rentabilizado.

Por seu turno, o director do Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado, Samuel Maleze Quinda, deu a conhecer que, dos 19 operadores económicos que concorreram  ao Programa de Alívio Económico, para aligeirar a pressão sobre as respectivas tesourarias, 75 por cento destas já beneficiaram dos reembolsos na proporção de Akz 30 milhões cada, aguardando que sejam contempladas às demais cooperativas agrícolas que se candidataram, visando o incremento dos níveis de produção.

Nesta sexta-feira, estão previstas deslocações ao Pólo Industrial da Catumbela (PDIC),à moageira de cereais  Fonseca e Irmãos, ao complexo fabril Leonor Carrinho, com 17 unidades produtivas, essencialmente de bens alimentares e um encontro com os operadores industriais e comerciais.

Esta é primeira visita a Benguela de Victor Fernandes, na qualidade de titular do pelouro da Indústria e Comércio.





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