Luena - Pelo menos, 420 quilómetros das obras de construção de estradas, dos 1.020 aprovados para a província do Moxico até em 2027, já tiveram início, afirmou, esta sexta-feira, no município do Luau, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos.
O dirigente que falava à imprensa, após constatar o andamento das obras do troço de 156 quilómetros entre os municípios do Luau/Luacano e Cameia, ao longo da Estrada Nacional (EN250), iniciada em Outubro último, sob égide da empresa AFAVIAS.
A construção do referido troço, avaliado em 183 bilhões, 490 milhões, 210 mil kwanzas, tem prazo de três anos, sendo que já foi compactuado até ao momento 64 quilómetros, no percurso Luau/Luacano.
Na ocasião, o ministro disse que das estradas estruturantes aprovadas para a província, está em curso a construção do troço Marco25 (Luau) /Cazombo, no município do Alto Zambeze, com 192 kms, além do referenciado Luau/Luacano/Cameia.
Relativamente a outros troços restantes, disse que estão a ser preparadas condições técnicas e administrativas para se dar início à asfaltagem do percurso Cameia/Leua e Luena e posteriormente o troço Luena/Munhango, com vista à ligação com a vizinha província do Bié, interligando as regiões leste e sul do país.
Ainda temos o compromisso, continuou, de construir a estrada Marco25/Caianda e Gimbe, para interligar o país com a vizinha República da Zâmbia, através do corredor Lobito, uma importante rota para o desenvolvimento do comércio regional.
"O resultado aníma-no, porque estamos a cumprir o programa que foi traçado", sustentou.
Troço Luzi/Cangamba aguarda aprovação do Tribunal de Contas
O governante disse, igualmente, que a construção do troço Luzi/Cassanba/Cangamba, no município dos Luchazes, já foi operacionalizada a contratação pública para se dar início, aguardando apenas a aprovação do Tribunal de Contas, e "afinarmos as condições financeiras".
A consignação da referida empreitada poderá ocorrer "muito em breve", caso esses processos seja vistos dentro dos prazos programados.
Lumbala Caquengue/Lucusse sem horizonte temporal
Quanto à construção da via Lumbala Caquengue/Lucusse, para interligar e encurtar as viagens entre os municípios do Alto Zambeze e Moxico, o dirigente admitiu que ainda não foram criadas condições financeiras para este troço.
A via Luena/Lucusse é a mais curta para se chegar ao Alto Zambeze, município com o qual Angola partilha fronteira com a República da Zâmbia, num percurso de 333 quilômetros.
A rota mais longa e mais usual actualmente, para se atingir o Alto Zambeze, apesar de degradada, é a Luena/Léua/Cameia/Luacano/Luau, num percurso de 519 quilómetros.
A província do Moxico possui apenas 576 quilómetros asfaltados, dos três mil e 477 quilómetros que compõem a malha rodoviária da região, sendo que, dos nove municípios, apenas um (Camanongue) está ligado por estrada asfaltada. TC/YD
