Malanje- O Comité de Especialidade dos economistas do MPLA defendeu, a necessidade de uma participação mais activa dos sectores familiar e empresarial do ramo agrícola, com vista a garantir a segurança alimentar na província, através do aumento da produção.
Essa medida, passa pela aproximação das Cooperativas e Associações de camponeses da província, rumo à produção para a segurança alimentar e diversificação da economia nacional.
O Comité promoveu hoje, um colóquio sobre os “Pilares para a segurança alimentar”, que entre outros aspectos serviu para analisar a problemática da agricultura na província e busca de união da classe, com vista a se encontrar mecanismos de financiamentos para projectos agro-industriais para agricultores familiares e empresariais.
De acordo com a primeira secretária do Comité em Malanje, Lizete Gonga, o Colóquio realizou-se na sequência de outras iniciativas que concorrem para a estabilidade económica da província promovidas pelo órgão.
Destacou a necessidade do entrosamento dos empresários dos ramos da agricultura empresarial e familiar, como o mecanismo mais fiável para se angariar financiamentos no quadro das políticas do Executivo, através da intermediação da Associação Agro-pecuária de Angola (AAPA).
O presidente da AAPA, Vanderley Ribeiro, chamado a dissertar o tema em abordagem, considerou que o país regista um défice considerável no que toca a segurança alimentar, devido à falta de financiamentos e de algum distanciamento entre os empresários agrícolas, quadro que deve ser ultrapassado.
Precisou que o país ainda tem muitos desafios no que concerne a segurança alimentar, pois regista-se importações de produtos alimentares que deveriam ser produzidos em grande escala localmente, embora o Executivo esteja a trabalhar para a potenciação do empresariado, para que este melhor os níveis produtivos.
Entretanto, o director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, Carlos Chipoia, disse haver necessidades de se produzir alimentos em qualidade e quantidades capazes de satisfazer a dieta dos cidadãos, pelo que, a segurança alimentar ainda não é uma realidade na província e no país em geral.
A segurança alimentar decorre da capacidade de produção local para a satisfação das necessidades dos cidadãos, garantindo que toda a pessoa tenha no mínimo três refeições/dia, com qualidade.
O encontro decorreu sob o lema “Políticas de desenvolvimento agro-industrial” e contou com a participação de membros de Cooperativas e Associações camponesas dos 14 municípios da província de Malanje. NC/PBC