Ondjiva - Mulheres de diferentes denominações religiosas da província do Cunene inteiraram-se hoje sobre a importância da Zona de Comércio Livre no Continente Africano (ZCLA) para o bem-estar das famílias, durante um colóquio inserido na jornada alusiva ao 31 de Julho, Dia da Mulher Africana.
A Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) é o maior bloco comercial depois da Organização Mundial do Comércio (OMC), com cerca de 54 países e um PIB combinado que ultrapassa 3,4 mil milhões de dólares por ano.
O colóquio, uma iniciativa do secretariado provincial da Organização da Mulher Angolana (OMA) no Cunene, foi ministrado pelo economista Belarmino Tumbuleni, que, na ocasião, salientou que a ZCLCA representa uma oportunidade para os estados impulsionarem o comércio intra-africano e a inclusão económica.
Na oportunidade, informou que a Zona tem potencialidades de tornar os países africanos mais competitivos, criar oportunidades de emprego e rendimentos para retirar 68 milhões de pessoas da pobreza moderada.
Esclareceu que o objectivo é que as empresas sejam mais competitivas no mercado para a redução das importações e estimular a produção nacional em grande escala e aumentar a arrecadação de receitas.
“Angola poderá acelerar o sector da agro-indústria pelas potencialidades agrícolas e recursos hídricos que apresenta, relativamente aos estados-membros, daí que deve explorar essa vantagem comparativa face às economias concorrentes”, afirmou.
Belarmino Tumbuleni disse que o país está focado na diversificação da economia, obviamente, pelo que o acordo de livre comércio terá mais sucesso com uma forte aposta nas indústrias nascentes.
Por seu turno, a secretária da OMA no Cunene, Lúcia Sincopela, disse que o encontro visou munir as mulheres sobre as políticas que o Estado angolano está a implementar, visando a melhoria das condições de vida da população.
“Programamos este tema para aumentar o nível de conhecimentos das mulheres em relação às vantagens e as oportunidades de emprego que a mesma criara nestes países”, referiu.
Lúcia Sincopela reconheceu o papel da mulher angolana e africana como símbolo de resiliência e com espírito defensor da liberdade dos direitos fundamentais e guardiã dos valores culturais.
O 31 de Julho, Dia da Mulher Africana, foi instituído em 1962 na Conferência das Mulheres Africanas, em Dar-Es-Salaam, Tanzânia. PEM/LHE/PPA