Arrancam obras de desenvolvimento da Baia de Moçâmedes

     Economia           
  • Namibe     Terça, 13 Julho De 2021    18h32  
Namibe: Ministros dos Transportes, Ricardo Abreu
Namibe: Ministros dos Transportes, Ricardo Abreu
Anabela Fritz

Moçâmedes – O projecto de Desenvolvimento da Baia de Moçâmedes, província do Namibe, arrancou hoje, quarta-feira, com a colocação da primeira pedra pelo ministro dos transportes, Ricardo de Abreu.

O projecto é financiado pela Toyota Tsuho Corporation, o Banco do Japão para a Cooperação Internacional (JBIC),  bancos comerciais japoneses e Banco de Desenvolvimento da África Austral ( DBSA), em cerca de seiscentos milhões de dólares.

O mesmo contempla a reabilitação do Terminal Minaraleiro de Saco-Mar, há oito quilómetros a norte da cidade do Namibe, na zona norte da Baia de Moçâmedes, bem como a uma barreira de protecção da marítima, a norte  da foz do rio Bero.

Abrange igualmente a requalificação da Baia de Moçâmedes.

No lado oposto à Baia será erguido o novo terminal de contentores do Porto do Namibe, uma infraestrutura, moderna e equipada com meios para melhorar a eficiência da operação portuária e aumentar a competividade do empreendimento.

Terminal Minaraleiro

O terminal Minaraleiro do saco-Mar faz parte da zona de jurisdição do Porto do Namibe, cuja área é limitada a Norte pelo farol da Ponte do Giraúl e a sul pela Ponte do Pau Sul (Ponta do Noronha), englobando duas infraestruturas portuárias com funcionalidades diferentes.

Este terminal, segundo o ministro dos transportes, foi construído com objectivo de receber navios minaraleiros de grande porte, com cotas de fundo junto á ponte-cais de cerca de 20 metros, em 1970.

O mesmo foi desativado em 1978, com a interrupção da exploração das minas de ouro de ferro, particularmente em Kassinga (Huíla) e Cuchi (Cuando Cubango).

Por isso, o ministro Ricardo de Abreu disse  tratar-se de um projecto moderno e inovador que vai trazer desenvolvimento a região.

Referiu que a reabilitação desta infraestrutura, que vai durar 32 meses, torna-se vital para que se promova a actividade de exportação de minério no sul de Angola, a custos competitivos no mercado internacional, integrando na cadeia logística todo o potencial e capacidade do Caminho de Ferro de Moçâmedes.

No passado, a infraestrutura já se atingiu níveis de exportação na ordem de seis milhões de toneladas por ano.

Mais capacidade para o Porto do Namibe

Quanto ao novo terminal do Porto, que vai ser erguido em 35 meses, o governante sublinhou o facto do projecto aumentar a sua capacidade e dota-lo de condições que promovam o desenvolvimento do sul do país, quer no sentido das importações, quer no grande objectivo de promoção das exportações.

Disse que a requalificação de toda a Baia vai criar mais espaços para adequação da actividade económica e piscatória que se desenvolve nesta zona, bem como a implementação de infraestruturas de promoção do turismo, cultura e lazer, alterando o cartão de visita da cidade de Moçâmedes.

“ Não temos dúvidas que este projecto vai tornar mais atractiva a província que, para além da Welwitchia Mirabilis, passará a ser falada por estar dotada de infraestruturas de referência e ser um lugar ainda mais aprazível de visitar e ficar”, disse o ministro.





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