Nova indústria vai processar 190 toneladas de pescado por dia

     Economia           
  • Benguela     Segunda, 12 Julho De 2021    16h17  
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Sócio-gerente da Gallianus Pescas, Marco Cohen
Sócio-gerente da Gallianus Pescas, Marco Cohen
António Lourenço
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Gallianus Pescas
Gallianus Pescas
Lourenço Kahangala

Benguela – Uma fábrica em fase avançada de construção, no município da Baía Farta, província de Benguela, terá capacidade de processar 190 toneladas de pescado por dia, anunciou esta segunda-feira o sócio-gerente do empreendimento, Marco Cohen.

Denominada Gallianus Pescas, a unidade, com uma área bruta de 23 mil 383 metros quadrados, vai contar ainda com chupador à vácuo de 80 toneladas/hora e tanques de recepção de pescado de 90 toneladas./hora.

A fábrica, cuja área coberta de produção é de quatro mil metros quadrados, terá ainda capacidade de congelação de 190 toneladas/dia e uma câmara de conservação de 400 toneladas de pescado/dia. Numa primeira fase, espera gerar 150 empregos directos.

Segundo o responsável, que falava à Angop, o investimento está estimado em 13 milhões de dólares americanos, valor assegurado em grande medida pelo Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).

As obras da infra-estrutura começaram em Janeiro do corrente e os ensaios em Outubro, projectando-se a entrada em funcionamento da unidade entre os meses de Dezembro de 2021 e Janeiro de 2022.

A unidade vai começar pela captura e congelação de pescado, seguindo-se a fase de transformação e embalamento de outras espécies de pescado (atum e polvo), enlatados e colocação da marca para exportação, uma vez que a fábrica reúne padrões de qualidade internacionais para o efeito, com todo o equipamento certificado pela União Europeia.

“Esperamos abastecer a cesta básica nacional e estaremos abertos não só aos grandes revendedores, mas também aos pequenos comerciantes retalhistas”, disse, aclarando que não farão a concentração do pescado para os grandes grupos, pois a população em geral terá acesso.

Informou que inicialmente vão trabalhar com uma embarcação que está em construção no exterior do país e que terá uma capacidade de 100 toneladas, com refrigeração, 

Questionado sobre o risco do investimento em função da actual realidade económica do país, Marco Cohen afirmou peremptoriamente que não é uma aposta arriscada, porque “somos angolanos e devemos ser nós os primeiros a investir no país”.

O jovem empreendedor exortou os demais cidadãos nacionais detentores de capacidade técnica e financeira a investirem em Angola, de modo a ajudar o país a trilhar o caminho do desenvolvimento.

 





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