Novo “Mercado das mulheres” com mais de quatro mil lugares

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 18 Outubro De 2023    18h28  
Fachada da mercado da mulher no município do Cazenga
Fachada da mercado da mulher no município do Cazenga
Marcos Caetano-ANGOP

Cazenga – Quatro mil e 73 lugares estão disponíveis no novo “Mercado das mulheres”, que começa a ser preenchido hoje, quarta-feira, com mais de mil vendedoras provenientes de vários pontos de Luanda.

O mercado, que comercializa produtos maioritariamente para senhoras, funcionou durante anos  no Distrito Urbano do 11 de Novembro, no município do Cazenga, foi desactivado, no primeiro trimestre do corrente ano,  pelo proprietário do espaço.

O novo espaço, quando concluído, vai proporcionar as vendedeiras, além das bancadas em madeira, um espaço para acomodação para guardar as mercadorias, em forma de armazéns, quiosques e os sanitários, constatou a reportagem da ANGOP.

Falando à ANGOP, as comerciantes, que já iniciaram a actividade de forma não oficial, adiantaram que agora têm dignidade de venderem num local seguro apesar das obras ainda não terminarem.

A responsável da Associação de mulheres, afecto ao novo mercado, Teresa Leitão, adiantou estarem criadas as condições para o comércio, porque possui água canalizada, energia eléctrica de fonte alternativa, casas de banho e armazéns.

Sublinhou que as obras continuam pois  estão por se concluir mais naves, para albergar condignamente outras vendedeiras assim como  o bom funcionamento do espaço comercial.

As comerciantes elogiaram o novo mercado e apelaram aos clientes para acorreram ao espaço que oferece melhores condições comparado com o anterior.

Por outro lado, informou, que durante a fase da construção do novo espaço algumas estavam em casa por aproximadamente 40 dias e outras a comercializarem os produtos em quintais circunvizinhos do antigo mercado.

Maria da Trindade, que comercializa calças e calçados femininos, disse estar satisfeita com o início das vendas porque estavam numa situação precária, e  agora sente-se a vontade.

Feliciana Contreiras realçou que o novo mercado continua a ser apetrechado e equipado com bancadas para um bom ambiente de negócios, daí que foi aberto para a venda de produtos ao alcance de todos. “ Trouxe um alívio às famílias que dependem disso”, manifestou.

Reordenamento do Comércio

Para si, o reordenamento do comércio deve continuar para tirar as pessoas que comercializam em locais impróprios.

Em uma entrevista à Imprensa, durante uma visita de constatação do novo espaço, o Governador da Provincial de Luanda, Manuel Homem sublinhou que a realocação das vendedeiras deste mercado constituía uma urgência, uma vez que estas já tinham um nível de organização satisfatória.

No local, Manuel Homem constatou o andamento das obras e ouviu as vendedeiras sobre as dificuldades ou constrangimentos que existem ainda e como se pode continuar a facilitar esse processo de mudança.

Acrescentou, na época, que no âmbito do processo de reordenamento do comércio levado a cabo pelo governo, identificou-se aquele local privado, mas estão a acautelar as questões de permanência das senhoras no recinto.

“Nos também estamos a trabalhar, o nosso gabinete provincial está a tratar com o proprietário deste espaço a possibilidade de se estabelecer um acordo com um tempo que justifique a permanência deste local como um espaço para o exercício de comércio nestas condições”, informou o gestor, realçando que há interesse na estabilidade da actividade que aí é exercida.

 O Plano do Reordenamento do Comércio, em curso ao longo das avenidas Cónego Manuel das Neves, a envolvente da zona do São Paulo (Distrito Urbano do Sambizanga ) e Ngola Kiluanje (Distrito Urbano do Hoji Ya Henda), visa, dentre outros, repor a legalidade do comércio formal e informal, ao longo das vias da província de Luanda, tendo sido já encerrados cerca de 300 lojas e armazéns, por prática irregular do comércio. PLA/ACS/PPA 

  

 





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