Luena – As obras de estancamento da ravina do bairro Aço, arredores do Luena, província do Moxico, encontram-se a 60 por cento da sua conclusão, com a execução já acima dos 36 por cento, constatou hoje a ANGOP.
O trabalho de contenção desta ravina, que ameaçava destruir a parte sul da cidade do Luena, avaliado em sete mil milhões, 403 milhões kwanzas, poderá com terminar em Agosto (10 meses).
A ANGOP constatou a construção de uma vala de drenagem robusta ao longo de todo canal da ravina, com capacidade para receber as águas provenientes da zona norte da cidade do Luena e conduzi-las para o rio Luena.
ANGOP soube no local que o mês de Agosto é a data provável para conclusão e apresentação do projecto, iniciado em Novembro último, ao Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território.
A ravina do bairro Aço é a mais temida, devido a sua progressão, tendo desalojado muitas famílias face a destruição de um número considerável de residências construídas sobre os canais de passagem de água ao redor.
Na época chuvosa transacta, a ravina do Aço, cuja progressão iniciou nos anos 90, apesar de sofrer várias intervenções desde há 10 anos, ganhou contornos alarmantes.
Recentemente, começou, igualmente, a ser estancadas três outras ravinas que ameaçam destruir residências no bairro Aço e troço da Estrada Nacional (EN) 180, na zona sul do Luena.
As referidas ravinas possuem 11 a 20 metros de profundidade e 200 a 500 de cumprimentos, estando a serem estancadas com o financiamento do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), orçadas em mil milhões de kwanzas.
Os projectos terão duração de seis meses e estão a cargo da empresa angolana Mutemeka e Filhos, enquanto a Engconsult fiscalizará o projecto que vai empregar 30 jovens locais.
Os trabalhos consistem na plantação da vegetação ao longo das ravinas, abertura de linhas para o desvio das águas pluviais ao rio Luena para se evitar o ressurgimento de erosões.
A província está rodeada de ravinas nos quatros pontos geográficos (sul, norte este e oeste), totalizando, até ao momento, 47 erosões catalogadas pelos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros.
A sede da província tem 21 ravinas, e apenas três (do 4 de Fevereiro, Caminina e Zorró) já beneficiaram de intervenção.
