Obras das centrais de energia solar em Benguela em bom ritmo

     Economia           
  • Benguela     Segunda, 16 Agosto De 2021    20h44  
Ministro da Energia E Águas, João Baptista Borges (arquivo)
Ministro da Energia E Águas, João Baptista Borges (arquivo)
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Catumbela – Cinco meses depois do seu início, a construção das centrais de energia solar do Biópio e da Baía Farta, na província de Benguela, regista avanços significativos, com a fixação das estruturas de painéis, apurou hoje a ANGOP.

Com um orçamento superior a 256 milhões de euros, a central na comuna do Biópio, município da Catumbela, começou a ser construída a 11 de Março último e prevê entrar em operação em Julho de 2022, com uma capacidade de 188 megawatts de potência, gerando electricidade limpa e barata para o sistema interligado, que já beneficia dez províncias.

No local, a empresa portuguesa MCA, construtora do projecto, prossegue os trabalhos, já na ordem de 27 por cento de execução física, para a afixação de estacas metálicas que irão suportar os 509 mil e 40 painéis solares previstos na central do Biópio, que será o maior projecto fotovoltaico do país, ocupando 436 hectares de área.

Em paralelo, numa extensão de 186 hectares, está em curso a empreitada da central solar do município da Baía Farta, com a instalação das estacas dos primeiros módulos solares, num total previsto de 261 mil 360 painéis, que deverão gerar 96,703 KWp de potência.

As obras, executadas na ordem de 32 por cento, custarão cerca de 130 milhões de euros e devem estar concluídas igualmente em 30 meses.

As empreitadas foram, esta quinta-feira, visitadas e verificados o cumprimento dos prazos de execução, por parte do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, e do governador de Benguela, Luís Nunes.

Falando à imprensa, o presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL), Joaquim Ventura, revelou que a execução física atingirá o ponto máximo, a partir de Setembro próximo.

Perspectivou que o Ministério da Energia e Águas poderá ter os dois projectos concluídos, até meados do próximo ano, uma vez que há avanços significativos e o empreiteiro está a encurtar prazos, para finalizar as obras antes do tempo inicialmente previsto.

Destacou que a maior parte dos equipamentos das duas centrais fotovoltaicas já se encontra nas áreas onde decorrem as respectivas obras e o empreiteiro está moralizado e tem tido todo o apoio do Governo angolano.

Como principal ganho do investimento, realçou o facto de dez províncias virem a beneficiar directamente da energia gerada pelas centrais do Biópio e da Baía Farta, porque as mesmas estarão ligadas à rede nacional de distribuição de electricidade.

Como as barragens no país têm pouca afluência de água, além do facto de o regime de chuvas ter sido muito baixo, no ano passado, Joaquim Ventura olha para essas centrais como um complemento, com uma energia mais barata, para compensar o actual défice hidrológico.

Dada a baixa pluviosidade no país, justificou ainda o recurso à energia térmica, apesar do alto custo de produção face ao excessivo consumo de combustível, principalmente gasóleo, que o Governo importa.

“Com essas centrais, vamos diminuir o dispêndio de divisas, que eram necessárias para adquirir gasóleo, para colocar as centrais diesel em funcionamento”, disse, acrescentando que o país sairá a ganhar, porque entra dentro de uma matriz energética ambiental, que é a tendência mundial de introdução de energias renováveis.

Notou que Angola está a ser pioneira no domínio da energia solar, com sete projectos, que vão incrementar a capacidade total de energia solar em seis províncias, nomeadamente Benguela (a única com dois projectos em implementação), Lunda Sul, Moxico, Bié, Huambo e Lunda Norte.

O custo total do mega projecto, que prevê produzir 370 megawatts de energia limpa, até finais de 2022, no âmbito da aposta do Executivo angolano em aumentar a capacidade de produção de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, ronda os 500 milhões de euros, garantidos pela Agência de Promoção de Exportações da Suécia (SEK).

Sendo regiões densamente povoadas, a previsão das autoridades é a de que a energia beneficie cerca de 1,2 milhões de famílias, promovendo o acesso a uma electricidade limpa e barata, além de reduzir os gastos na utilização de pequenos e grandes geradores a gasolina e a gasóleo.





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