Luena - As obras de estancamento e estabilização da ravina do bairro Aço, que ameaça destruir a parte sul da cidade do Luena, província do Moxico, começaram a ser executadas constatou hoje a ANGOP.
A cargo da empresa Afavia, o estancamento dessa ravina vai durar cerca de 10 meses, custando mais de sete mil milhões e 400 milhões de kwanzas do Governo Central.
Segundo constatou a ANGOP, o processo de estancamento iniciou com a construção de valas (de um metro e 20 centímetros de profundidade e dois metros de larguras), para suportar o escoamento das águas das chuvas até ao rio Luena e permitir maior consistência e robustez ao projecto.
Ao falar à ANGOP sobre o andamento das obras, o encarregado da empresa Afavia, Artur Monteiro, disse que o projecto poderá contar com uma força de trabalho composta de 80 operários.
Apesar do início das obras, o responsável reiterou que o principal constrangimento continua a ser a carência de combustível, na região, que poderá comprometer o cumprimento do cronograma do projecto.
A ravina do bairro Aço já beneficiou de várias intervenções num intervalo de 10 anos, apesar disso não impediram a sua progressão, direccionando-se ao centro da cidade do Luena.
As enxurradas da passada época levaram a ravina a ramificar-se e a progredir em mais de 360 metros (já possuía quase 1 km de extensão), encontrando-se a poucos metros de várias infra-estruturas sociais, com destaque a instalação do corpo de Bombeiros e a Emissora provincial da Rádio Nacional de Angola (RNA) e uma escola adjacente.
No referido período, a ravina desalojou 500 pessoas e destruiu um número considerável de residências construídas sobre os canais de passagem de água ao redor.
A província está rodeada de ravinas nos quatros pontos geográficos (sul, norte este e oeste), totalizando, até ao momento, 34 erosões catalogadas, e apenas três (do 4 de Fevereiro, Caminina e Zorró) já beneficiaram de intervenção.