Ministro defende intervenção preventiva de ravinas com menos custos

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  • Cuanza Norte     Domingo, 18 Fevereiro De 2024    15h41  
Ravinas ameaçam destruir residências no Golungo Alto
Ravinas ameaçam destruir residências no Golungo Alto
Diniz Simão-ANGOP

Dondo- O Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação vai propôr ao Executivo a intervenção preventiva de ravinas, para combater este fenómeno com menos custos e reduzir o perigo que representam para pessoas e infra-estruturas,  informou o titular o sector, Carlos Alberto dos Santos.

Falando à imprensa sábado na cidade do Dondo, o ministro esclareceu que  a instituição vai propôr ao Executivo “uma inversão no processo de intervenção das ravinas no país, que passa por uma intervenção preventiva ao invés de se primar pelo estancamento, já num estado de progressão elevado”.

Para o efeito, continuou, serão capacitadas as entidades locais para o processo de identificação atempada de formação de ravinas, assim como os órgãos locais no ministério, para intervenção com meios nas erosões em fase de formação.

Este plano visa impedir que as ravinas entrem numa fase de progressão, precisou.

“Achamos que é o momento de  propormos uma inversão na formação a nível local, para combater este fenómeno”,  sustentou, indicando que Angola conta, actualmente, com cerca de mil ravinas activas.

Conforme o ministro, as províncias da Lunda-Norte, Uíge e Lunda-Sul apresentam fenómenos erosivos com elevada preocupação.

Considerou que esta situação representa um grande perigo para a vida humana, infra-estruturas e exige um maior custo financeiro para a sua intervenção.

Carlos Alberto dos Santos informou que até ao final de 2022, o país tinha um quadro de 742 ravinas activas, destas, mais de 200 foram intervencionadas pelo Executivo, no âmbito do Programa Emergencial de Contenção e Estabilização de Ravinas, garantido a segurança de muitas infra-estruturas e pessoas.

Apesar do trabalho do Executivo e parceiros, continuou, regista-se a evolução de outras erosões que estavam em fase de formação e a progressão de muitas outras que completam os cerca de mil processos erosivos activos no país.

Sem apontar as causas do surgimento das ravinas, Carlos Alberto dos Santos informou que Namibe, que não fazia parte do leque das 17 províncias do país com processos erosivos,  também já começou a apresentar, desde o ano passado.

A província do Cuanza-Norte, pontualizou, conta com 45 processos erosivos activos e em estado de progressão “preocupante”, sobretudo, pelo facto de se encontrarem em zonas residenciais e em estradas nacionais.

Carlos Alberto informou que no quadro do programa de estancamento de ravina em curso no país, essas erosões deverão ser intervencionadas para se evitar a interrupção da circulação rodoviárias em algumas estradas na província e a destruição de residências.

Manifestou-se particularmente preocupado com as quatro ravinas de grandes proporções que estão a ameaçar destruir mais de 50 residências nos bairros Beta, Cacolombolo, Balão e Limitada, no município do Golungo, assim como a do bairro Miradouro, na cidade de Ndalatando. EFM/IMA/OHA





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