PAC financia em mais de Kz dois mil milhões projectos em Benguela

     Economia           
  • Benguela     Quarta, 12 Outubro De 2022    10h25  
Zonas rurais carecem de infra-estruturas (Foto ilustração)
Zonas rurais carecem de infra-estruturas (Foto ilustração)
Morais Silva

Benguela – Cerca de dois mil milhões e setecentos milhões de kwanzas é quanto o Projecto de Apoio ao Crédito (PAC) já desembolsou para 68 projectos, na província de Benguela, maioritariamente dos sectores do comércio e serviços, pecuária e agricultura.

Na província de Benguela, desde 2019, ano em que o PAC arrancou, o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) recebeu já 178 projectos, dos quais 158 aprovados.

Destes, 68 projectos foram financiados em cerca de 2, 7 mil milhões de kwanzas até ao momento, sendo que os restantes estão em processo de análise.

Os limites de financiamento, no âmbito do PAC (integrado no Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações “PRODESI”), vão entre 50 e 100 milhões de kwanzas por projecto, em função da capacidade produtiva de cada operador.

A taxa de juro é de 7,5 por cento, com um período de carência de até 15 meses.

Num encontro, nesta terça-feira, com a classe empresarial para analisar os desembolsos já efectuados, o gerente do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) em Benguela, Teodoro Quinteira, lembrou que os projectos empresariais carecem de financiamento, daí o apoio da instituição para alavancar a economia.

Segundo Teodoro Quinteira, o BDA está, neste momento, em vias de financiar, pelo menos, cerca de 70 projectos apresentados pelos empresários dos diversos ramos de actividade em Benguela.

Contudo, justifica a morosidade no financiamento por parte da instituição com o volume e a complexidade dos projectos aprovados, isto porque o PAC é abrangente a todo o país.

Também denunciou os empresários que já se furtam a cumprir com os reembolsos, explicando que o BDA vai continuar a agir de forma pedagógica junto do empresariado para o cumprimento dos prazos.

Já o director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado, Samuel Maleze, considera satisfatório o volume de desembolso efectuado na região, mas sinaliza que se podia fazer mais até agora.

“Esse nível de desembolso atendeu quase todos os sectores”, indica Samuel Maleze, reforçando a ideia de que se podia fazer um pouco mais, dadas as potencialidades de Benguela e a dinâmica do seu tecido empresarial.

Disse que o desafio agora é trabalhar mais com o INAPEM (Instituto de Apoio às Micro Pequenas e Médias Empresas), de tal maneira que os operadores económicos vejam financiados os seus projectos em todos os municípios da província de Benguela.

“Preocupa-nos a situação de Caimbambo e Chongoroi, onde até ao momento ao nível do PAC não temos nenhum projecto”, realçou.

Por seu turno, a vice-governadora provincial de Benguela, para o Sector Político, Social e Económico, Lídia Celma Machado Amaro, exorta o engajamento de todos os envolvidos nesse programa de financiamento a favor do empresariado nacional.

Lídia Celma Machado Amaro pediu à gerência do BDA em Benguela maior proximidade e melhor comunicação com os empresários, acreditando que o aumento do número de empregos será o maior impacto do PAC. 

 





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