País reitera compromisso com a transição energética

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 26 Janeiro De 2024    21h01  
Construção do Parque de Energia Solar do Luena
Construção do Parque de Energia Solar do Luena
Kinda Kyungu

 Luanda - O Governo angolano reiterou, quinta-feira, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos (EAU), o seu compromisso com o processo de transição energética.

A reafirmação foi feita pelo embaixador de Angola nos Emirados Árabes Unidos (EAU), Júlio Maiato, durante a “15th Renewables Talk”, promovida pela Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA).

Júlio Maiato sublinhou que mais de 62% da produção energia do país é de fontes renováveis, isto é, hídrica e fotovoltaica (solar), e que as duas combinações passaram a ter um peso considerável na capacidade de produção de energias limpas.

Frisou que a meta do país é alcançar 71% até 2027 de energias limpas, prevista no Plano de Desenvolvimento do Sector Eléctrico, e que Angola está a contar com a Hidroeléctrica de Caculo Cabaça, que vai gerar 2.100 Megawatts (MW) e vários projectos de energia solar.

Júlio Maiato realçou que a adesão do país, como Estado-Membro da IRENA, tem facilitado a cooperação internacional, troca de experiências e suporte técnico aos países.

Sobre a cooperação com países africanos, o embaixador frisou  que, no âmbito da aceleração da adopção das energias limpas, em Março de 2023, foi inaugurado em Angola o Centro de Energias Renováveis e Eficiência Energética de África Central, no qual incluem 11 países, com objectivo de apoiar as iniciativas dos jovens empreendedores no quadro das energias renováveis, bem como ajudar os países a aumentar a taxa de electrificação.

 No que se refere à transição energética em África, o embaixador Júlio Maiato disse que o maior constrangimento na sua  implementação está relacionado com o factor financeiro.

 Considerando o baixo nível de electrificação em muitos países africanos, o Chefe da Missão de Angola nos EAU avançou que as acções da IRENA, nos próximos 15 anos, devem centrar-se numa maior atenção especial em África e mais iniciativas como a “the Accelerated Partnership for Renewable in Africa” (APRA), devendo ser criadas as condições, envolvendo diversos actores. 

 Durante o encontro, aberto pela ministra do Ambiente e das Alterações Climáticas dos Emirados Árabes Unidos, Mirian Almheiri, intervieram o director-geral da IRENA, Francesco La Camera, que passou em revista as acções da organização, desde a sua criação, salientado as conquistas e os desafios futuros, atendendo o compromisso da tripla produção de energias, por fontes limpas.HM/AC





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