Pescas revitaliza actividade fluvial em seis municípios da Huíla

     Economia           
  • Huíla     Sexta, 24 Fevereiro De 2023    08h59  
Pesca Artesanal
Pesca Artesanal
Jose Filipe

Lubango - O Gabinete provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas da Huíla está a revitalizar a pesca artesanal em seis municípios com cursos de água permanentes, através da sensibilização das suas administrações, para a inclusão da actividade, nos seus orçamentos e com isso dinamizar o ofício.

Trata-se dos municípios da Matala, Jamba, Cuvango, Chipindo, Caluquembe e Chicomba, cujas acções de sensibilização estão a ser desenvolvidas desde 2022.

A ideia é que nos orçamentos municipais, as administrações possam incluir a pesca e com os directores locais localizarem áreas onde o gabinete vai apoiar os pescadores, para revitalizar a prática junto das associações e cooperativas afins.

As autoridades têm, igualmente, estado a incentivar as administrações a apoiar e criar políticas de apoio ao sector no orçamento do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e de Combate à Pobreza, com a aquisição de kits de pesca para os associados, assim como a promoção de formação.

A informação foi avançada à ANGOP hoje, sexta-feira, no Lubango pelo director do gabinete provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas na Huíla, Pedro Conde Muanda, referindo que uma vez que não recebem apoios do ministério de tutela há anos, é necessário que as administrações prestem mais atenção à actividade.

Fruto deste trabalho de sensibilização, afirmou que a administração da Matala, município atravessado pelo rio Cunene, já adquiriu 10 embarcações e kits de pesca para apoiar a pesca artesanal, na localidade, ao passo que o cuvango já tem três tanques construídos.

Referiu que actualmente têm uma captura artesanal mensal de diversas espécies, fixado por 20 toneladas/mês contra 40 da altura em que as associações dispunham de apoios.

Frisou ser uma baixa das dificuldades que os pescadores deparam-se com a  falta de materiais, como canoas, redes, bóias e outros que impedem a capturas regular e de melhorar a produção, ameaçando a segurança alimentar de muitas famílias.

Todavia, defendeu a necessidade de intensificação de investimentos aos produtores, para que a actividade seja dinamizada, com kits de pescas,  pois o último apoio do ministério de tutela foi dado em 2005.

Desaconselhou as pessoas que ainda usam os mosquiteiros para a actividade, uma vez que o mesmos capturam até os ovos, uma prática que ameaça a extinção das espécies.

O gabinete controla 14 associações de pescadores com processo de legalização em curso, assim como 72 grupos que fazem a pesca aleatória de subsistência em diversos rios existentes na província.

Já em aquicultura controlam cinco produtores, dos quais só três estão a produzir em 13 tanques, nos municípios da Humpata e Lubango, tendo uma produção mensal de mil e 200 quilogramas. EM/MS





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