Plano Estratégico 2023-2027 da ADRA avaliado em USD 27 milhões

     Economia           
  • Huambo     Quinta, 28 Setembro De 2023    19h21  
Director-geral da ADRA, Carlos Cambuta
Director-geral da ADRA, Carlos Cambuta
Valentino Yequenha

Bailundo – Vinte e sete milhões de dólares norte-americanos é montante avaliado para a implementação do Plano Estratégico 2023-2027 da organização não-governamental angolana Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), soube hoje, quinta-feira, a ANGOP.

A informação foi pelo director-geral da ADRA, Carlos Cambuta, quando apresentava, no XXIII Encontro Nacional das Comunidades, que decorre no município do Bailundo, a 75 quilómetros a Norte da cidade do Huambo, o Plano Estratégico 2023-2027, da organização que dirige.

Na ocasião, o responsável disse que a organização deverá se mobilizar, nos próximos tempos, por via dos seus parceiros nacionais e internacionais, para angariar os 27 milhões de dólares norte-americanos que compõem o orçamento global para a execução do Plano Estratégico.

Em termos de intervenção, adiantou que o plano prevê níveis fundamentais, sendo que primeiro está ligado ao apoio às acções voltadas para os sectores da Agricultura, Educação, Ambiente, Saúde, terra e outras temáticas do fórum de desenvolvimento local, como a facilidades das famílias aos recursos financeiros, para aumentar os níveis de produção e produtividade.

Explicou que o segundo está relacionado com as acções a serem desenvolvidas juntos aos órgãos locais do Estado, nomeadamente os Governos provinciais e as administrações municipais, através da promoção de espaços de diálogo na busca de soluções conjuntas para os reais problemas das comunidades.

Relativamente ao terceiro e último, referiu que o mesmo tem que ver  com a promoção de um diálogo com os órgãos centrais do Estado, através da participação da ADRA nos processos de formulação e monitoria na implementação das políticas públicas.

Considerou ser um plano que se constitui instrumento importante de acção ADRA,  na medida em que a experiência que tem junto das comunidades serve de aprendizado para apresentar propostas concretas ao Governo angolano, no que diz respeito à formulação e execução das políticas públicas.

Deste modo, prosseguiu, a organização compromete-se em continuar a intervir nas comunidades e contribuir no processo de desenvolvimento local.

Segundo Carlos Cambuta, actualmente, a ADRA tem uma carteira de 18 projectos que estão a ser implementados em sete províncias do país, num total de 31 municípios e 341 aldeias, com mais 16 mil famílias beneficiárias directas e 54 mil indirectas.

A ADRA, Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente, é uma organização não-governamental angolana, fundada em 1990, cuja missão consiste em contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades em Angola, especialmente das comunidades rurais, através da melhoria das condições de vida das camadas mais desfavorecidas.

Com sede em Luanda, tem abrangência nas restantes seis províncias, nomeadamente Benguela, Cunene, Huambo, Huíla e Namibe, onde as acções são dirigidas aos municípios e comunidades.

O XXIII Encontro Nacional das Comunidades, aberto quarta-feira e que decorre sob o lema “Construindo pontes de diálogo, rumo ao desenvolvimento das comunidades”, conta com a participação dos membros das comunidades das províncias de Benguela, Bié, Cunene, Huambo, Huíla, Luanda e Malanje, incluindo representantes de instituições públicas, autoridades tradicionais, organizações da sociedade civil, igrejas e de partidos políticos.

Durante dois dias, os participantes estão a analisar, entre outros temas, temas como “Perspectivas e evolução das políticas de apoio ao desenvolvimento rural”, “Programas de apoio à agricultura familiar”, “O programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio rural”.

No seu primeiro dia, o evento foi marcado com a apresentação de experiências sobre o desenvolvimento local e diálogo entre as comunidades e as administrações municipais, assim como de visitas à cooperativa agropecuária Sanjambela e ao orfanato da Missão Católica da Hanga. VKY/ALH





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