Plataforma Logística da Caála facilita agricultura tecnológica

     Economia           
  • Huambo     Sábado, 09 Dezembro De 2023    16h16  
Maquete da Plataforma Logística da Caála
Maquete da Plataforma Logística da Caála
Zeferino Zinga-ANGOP

Caála – O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, afirmou este sábado, no Huambo, que a construção da Plataforma Logística da Caála vai transformar a agricultura no Planalto Central de manual para tecnológica e florescente.

Em declarações à imprensa à margem da cerimónia de colocação da primeira pedra para a construção o empreendimento, disse que o imóvel, para além de ser fundamental para a rentabilidade do Corredor do Lobito, vai permitir com que os agricultores da região desenvolvam as actividades com mais técnica.

Referiu que a referida plataforma, através do armazenamento dos produtos, fará com que as culturas agrícolas em grande escala sejam transportadas e exportadas em melhores condições, contribuído no crescimento económico da região Central do país.

Conforme o presidente da AIA, os agricultores familiares precisam de mais apoio para reduzirem a prática da agricultura manual, usando tractores, charruas e outras técnicas, para o aumento da produção das frutas e hortícolas, que devem ser exportadas no Corredor do Lobito.

Por isso, pediu aos empresários para investirem mais na agricultura, tanto familiar como industrial, tendo em conta a construção, nos próximos anos, da fábrica de fertilizantes no país, e a trabalharem na melhoria da qualidade dos solos locais, para uma actividade mais produtiva e rentável.

José Severino destacou os investimentos do Reino dos Países Baixos na exportação de frutas e outras hortícolas, através do terminal frigorífico no Porto do Lobito e na Plataforma Logística da Caála, que vai ajudar na transferência de tecnologia, fazendo com que Huambo tenha mais emprego e volte a ter uma agricultura mais florescente.

Para o efeito, pediu celeridade nas obras do Caminhos-de-Ferro de Benguela, sobretudo, as concessionárias, que precisam investir já em mais vagões e na linha férrea, para a sua rentabilidade, pelo facto de o Governo angolano estar a fazer a sua parte, com a construção das devidas infra-estruturas.

Por sua vez, o presidente do conselho de Administração do Entreposto Aduaneiro de Angola, Eduardo Machado, disse que a iniciativa vai melhorar a produção, armazenamento e o escoamento  dos produtos, principalmente, com a instalação dos silos para a reserva de cereais, que permitirão acondicionar os grãos, tanto do ponto de vista de unidade, como na composição.

Afirmou que a Plataforma Logística da Caála constitui um ganho para a economia nacional e da África Austral, por ligar os produtores angolanos com os do mercado mundial, vice-versa, com maior competitividade.

Para o director-geral da empresa IALTURC, vocacionada ao processamento de farinha de trigo e de milho no Huambo, Felisberto Kapama, o projecto vai explorar o potencial agrícola do Planalto Central de Angola e abrir portas para parcerias estratégicas, que vão impulsionar mais investidores locais.

Disse que pretende aproveitar a Plataforma Logística da Caála para aumentar a produção do trigo, tendo em conta a facilidade já criada para o processamento e armazenamento do produto, que vai contribuir para mais procura, em função dos investimentos no Corredor do Lobito.

A Plataforma Logística da Caála,  localiza entre as estradas nacionais 120 e 260 resulta de uma parceria, entre o Governo de Angola, representado pela Agência Reguladora de Certificação de Carga Logística de Angola (ARCCLA) e pelo Governo do Reino dos Países Baixas e do Consórcio Flying Swans, para além de contar com o apoio técnico e financiamento do Banco Mundial.  ZZN/ALH

 





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