Lobito - A construção da ponte sobre o rio Hanja, na comuna da Bolonguera, município do Chongoroi (Benguela), traz boas perspectivas de trabalho para a juventude no desenvolvimento agrícola, considerou o empresário Adérito Areias.
"Desde a povoação do Senje até à sede da Bolonguera, há centenas de hectares para o fomento agrícola, por isso a juventude deve vir cá e aproveitar esta oportunidade", alertou o empresário, esta segunda-feira, à margem da cerimónia de inauguração da infra-estrutura.
Segundo ele, nesta região, além de terras aráveis, há muita água e também gado em abundância.
"Se cada um adquirir pelo menos 100 hectares e produzir milho e feijão, duas vezes por ano, haverá riqueza", afirmou.
Adérito Areias fez saber ainda que naquela zona também existem águas térmicas e aproveitou para exortar os jovens com criatividade para empreender alguma actividade no sector turístico.
Questionado sobre os constrangimentos causados pelo rio, antes da construção da ponte, disse que o seu pessoal só podia transportar mercadorias de seis em seis meses.
"O rio Hanja quando enche chega a atingir três a quatro metros de altura, por isso, tinha de transportar as mercadorias de jangada", explicou.
Contou que enfrentava muitas dificuldades, na medida em que tinha muitas vezes de levar comida e gasóleo para a fazenda.
O empresário disse ainda que chegou a ter enormes prejuízos com a perda de carros, tractores e camiões enterrados naquele rio.
O dono da fazenda Caviombo, com quatro mil e 500 hectares, revelou que possui mil e 700 cabeças de gado bovino e produz fruta, como manga, limão, laranja e tangerina.
"Tiramos uma média de 150 toneladas por ano, mas já pensamos em ampliar consideravelmente a produção, por causa da facilidade que a ponte nos dá", concluiu. TC/CRB
