Luanda - O Porto de Luanda registou um aumento de 66 por cento no volume de negócios, em 2020, ao facturar 82 mil milhões de Kwanzas contra os Akz 49 mil milhões, em 2019.
Segundo o director de Contabilidade e Património, Omar Matos, que falava em conferência de imprensa de balanço das actividades do Porto de Luanda, o aumento das receitas deveu-se grande parte pela gestão do Terminal Multiuso e receita dos contratos com rendas fixas e variáveis.
Adiantou que os resultados líquidos da empresa aumentaram em 100%, ao facturarem 31 mil milhões e 574 Kwanzas, em 2020, contra os Akz 15 mil milhões e 775, em 2019.
Avançou que, do valor arrecadado, cerca de nove mil milhões de Kwanzas foram gastos em impostos e sete mil milhões entregues ao accionista.
Em relação a movimentação de navios, o porto registou uma queda a volta de 14%, sendo que a transportação de cargas foi de sete milhões e 141 toneladas, em 2019, e seis milhões e 664 toneladas, em 2020, com uma queda de 7%.
Já o administrador para a área Comercial do Porto de Luanda, Miguel Pipa, fez saber que está a ser elaborado um plano director que poderá estar concluído em finais deste mês, de modo a orientar as acções da instituição e colocá-la ao nível dos portos da região.
O Porto de Luanda ocupa a quarta posição na região, estando atrás dos portos do Congo, Namíbia e África do Sul.
Em relação ao contrato de concessão do Terminal Multiuso, assinado com a Dubai Ports World, Ltd (DP World), o administrador considerou vantajoso pelo facto de que o Porto de Luanda vai passar a contar com ganhos da natureza do investimento.
O contrato compreende a reabilitação da infra-estrutura física do cais do Terminal, com 610 metros, uma profundidade de 12,5 metros, numa área de 181 mil e 70 metros quadrados e uma capacidade para movimentar 2.6 milhões de toneladas/ano.
A nível da inovação, a relação permitirá a reabilitação e aquisição de equipamentos que permitirão a transição da operação do terminal, para uma operação alicerçada em gruas RTG, em linha com as melhores práticas internacionais, bem como a criação de uma plataforma logística externa que permitirá atingir um volume de tráfego objectivo de 700 mil TEUS (Unidade Equivalente a um contentor de 20 Pés), por ano, suportado por um moderno sistema de gestão portuário.
