Produção de sal pode atingir 130 mil toneladas em Benguela

     Economia           
  • Cuanza Sul     Terça, 27 Outubro De 2020    15h25  
Sala de controlo de tráfego aéreo do aeroporto "4 de Fevereiro"
Sala de controlo de tráfego aéreo do aeroporto "4 de Fevereiro"
Pedro Parente

Benguela - Pelo menos 130 mil toneladas de sal poderão ser produzidas até ao final deste ano, na província de Benguela, um aumento de 10 mil em relação a 2019, à luz dos investimentos em curso em salineiras nas zonas do Chamume e da Macaca, soube hoje a Angop.

Segundo os grandes produtores da cidade do Sal (Chamume), no município da Baía Farta, o objectivo é garantir a auto-suficiência do país em termos deste produto e a exportação do excedente.

O proprietário da salineira Calombolo, Adérito Areias, informou que inaugurou recentemente um canal de seis quilómetros que está a transportar água do mar a 400 hectares de terreno, onde espera produzir cerca de 100 mil toneladas de sal bruto/ano, superando deste modo as 80 mil toneladas produzidas em 2019.

"O nosso grande objectivo é produzir cada vez mais e ajudar no crescimento do sector salineiro do país”, expressou.

Já a salineira Chamume, com uma produção de pouco mais de 10 mil toneladas/ano, está a investir em novos cristalizadores e evaporadores, numa área de 450 hectares, o que permitirá o aumento gradual da produção, já a partir deste ano.

Outra aposta desta unidade de produção, segundo o seu proprietário, Manuel Rodrigues, além da ampliação da salina, é o crescimento da fábrica, absorvendo as duas unidades cerca de 500 trabalhadores.

“A perspectiva da fábrica é refinar o sal e produzi-lo em frasco, em quilogramas, e empacotar a flor do sal”, disse.

A secretária de Estado das Pescas, Esperança da Costa, que visitou estes projectos neste fim-de-semana, para aferir o quadro dos investimentos, necessidades e a qualidade do produto, disse que esta é uma grande aposta para o país, uma vez que a produção local de sal corresponde às necessidades de consumo humano e animal.

“O ideal seria também responder às necessidades de consumo industrial, pelo que os investimentos no sector são bem-vindos”, referiu.

A cidade do Sal, 20 quilómetros a sul da sede municipal da Baía Farta, é um dos projectos mais ambiciosos para garantir a auto sustentabilidade na produção deste produto a nível do país e deverá ocupar uma área de 11 mil hectares.





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