Produção interna de bens torna economia de Angola mais forte

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 17 Maio De 2023    19h40  
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
Pormenor da Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo(Foto ilustração)
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Luanda – O aumento da produção doméstica de bens e serviços constitui um imperativo do Governo angolano, para o alcance de uma economia forte e menos vulnerável aos choques externos resultantes, essencialmente, da volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional.  

A afirmação é do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, que falava durante o Fórum Económico/2023 Portugal e Angola, realizado esta quarta-feira, na cidade portuguesa do Porto. 

O governante angolano recordou que o país tem vários programas em curso para intensificar o aumento da produção nacional e diversificar a economia interna.

Com esse programa, prosseguiu, pretende-se acabar com a dependência de Angola ao petróleo, que representa 95% dos recursos de exportação e mais de 60% das receitas tributárias do país. 

“Nós queremos acabar com esta grande dependência do petróleo e edificar em Angola uma economia forte e mais sustentada”, acrescentou. 

Para reforçar a concretização efectiva desse objectivo, o ministro de Estado convidou aos empresários portugueses a aumentarem o investimento nos solos férteis de Angola.

Considerou que as parcerias entre empresas angolanas e portuguesas em determinados sectores podem oferecer boas oportunidades para ambos os países, dando saltos para se ter uma boa prestação em outros mercados e contribuir para a diversificação das exportações de Angola. 

Governo trabalha para manter crescimento económico  

Na ocasião, Manuel Nunes Júnior assegurou que Executivo angolano está a trabalhar para continuar na trajectória de crescimento económico, para que os grandes problemas sociais do país possam ser resolvidos, com especial para o desemprego. 

Recordou que para 2023 prevê-se um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,3%, com o sector petrolífero a crescer 3,3% e o não petrolífero a crescer 3,4 por cento. 

Segundo o ministro de Estado para a Coordenação Económica, a tendência de recuperação da economia angolana foi consolidada em 2022, com o crescimento do PIB a rondar em trono dos 3,05%, sendo o sector do petróleo e gás a crescer 0,5% e o não petrolífero 3,9%. 

Lembrou, igualmente, que depois de cinco anos consecutivos de recessão económica, a economia angolana voltou a crescer em 2021, com uma taxa de 1,1%.      

Sob o lema “Construímos relações sólidas”, o Fórum Económico/2023 Portugal e Angola visou, fundamentalmente, tornar a cooperação económica dos dois países mais operacional e profunda.  

O evento, que antecede a visita oficial do Primeiro-Ministro de Portugal a Angola, prevista para Junho próximo, o Governo angolano esteve representado pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, secretário de Estado para Agricultura e Pecuária, João Bartolomeu da Cunha, secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, e pelo presidente do Conselho de Administração da AIPEX, Lello Francisco. 

Do lado português estarão o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e o administrador da AICEP, Luís Rebelo de Sousa. 

Trata-se do quarto Fórum Económico entre Angola e Portugal, desde 2017, sendo terceiro realizado em Março de 2019, em Benguela (Angola), por ocasião da visita oficial do Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.QCB/AC 





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