Luena - As associações empresariais e cooperativas agrícolas, na província do Moxico, queixam-se de “sérias dificuldades” no tratamento do título de concessão de terra, documento que habilita ao crédito, no âmbito do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI).
Os produtores, que colocaram esta preocupação ao secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis, durante um encontro de auscultação, afirmaram que esta burocracia não só está a retardar a obtenção do crédito como na implementação de projectos industriais.
Na ocasião, o empresário Marcelo Armando disse que a sua fazenda, localizada num espaço de 250 hectares, produz mensalmente cerca de 50 toneladas de milho, mas enfrenta dificuldades para renovar a documentação, adquirir meios e escoar os produtos aos principais mercados.
A demora na obtenção de crédito bancário está, igualmente, a impossibilitar-lhe de montar uma indústria de transformação do milho numa área de mais de 400 metros quadrados, localizado na zona sul do Luena.
A mesma preocupação foi manifestada pela presidente da Associação das Mulheres Empreendedoras, Alice Muaco, tendo pedido ponderação ao governo na deliberação do referido problema.
Por sua vez, o director Nacional para Economia Competitiva e Inovação, João Nkosi, disse que o referido problema está a preocupar os agentes produtores a nível nacional, tendo afirmado que 80 por cento dos processos de todo país que deram entrada no âmbito do PRODESI carecem do título de concessão de terra.
O responsável pediu maior flexibilidade das administrações locais e dos governos provinciais na facilitação do processo da aquisição do referido documento, com o objectivo de dinamizar o sector produtivo nacional.
