Programa de combate à seca abrange mais de um milhão de huilanos

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  • Huíla     Sexta, 07 Julho De 2023    16h30  
Habitualmente a região Sul de Angola tem sido afectada pela seca que tem impactada na produção agrícola e na pecuária
Habitualmente a região Sul de Angola tem sido afectada pela seca que tem impactada na produção agrícola e na pecuária
Morais Silva - ANGOP

Lubango – O programa de longo prazo para combater os os efeitos da seca no Lubango, Chibia e Gambos, na província da Huíla, prevê beneficiar 1.37 milhões de pessoas, 725 mil cabeças de gado e irrigar 10 mil hectares nesses três municípios.

Apresentada à população local hoje, sexta-feira, nesta cidade, pelo director do Gabinete para Administração das Bacias Hidrográficas do Cunene, Cubango e Cuvelai, Carolino Mendes, a iniciativa a cargo do Ministério da Energia e Águas é denominada Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola.

Para além da Huíla engloba as províncias do Cunene e do Namibe, com previsão de implementação a partir do ano em curso até 2035.

Na ocasião, Carolino Mendes explicou que a acção engloba, na Huíla, três subprojectos, sendo que no primeiro tem a investigação e o aproveitamento das águas subterrâneas no aquífero da Chela (Lubango), o segundo reserva a construção da barragem do Nene e das obras associadas, e a terceira contempla a barragem de N'ompombo, no rio Caculuvar.

Ainda estão, segundo o responsável previstos 25 furos exploratórios de 25 metros, 25 poços de sete milímetros cúbicos/ano de produção, 106 quilómetros de condutas, 90 furos de 25 milímetros cúbicos/ano de produção e 350 quilómetros de condutas de transmissão.

Quanto a construção da barragem do Nene, com uma altura de 32 metros, com capacidade de 14 milímetros cúbicos/ano, contemplando 26 quilómetros de conduta e uma nova estação de tratamento para 40 mil metros cúbicos/dia, que passarão por 103.5 quilómetros de condutas adutoras.

A de N'ompombo vai produzir 82 milímetros cúbicos/ano, 55.5 quilómetros de canal adutor, via de acesso e travessias, 40 açudes, 396 quilómetros de conduta adutoras, rede de abastecimento da Chibia com estação de tratamento de três mil e 500 metros cúbicos/dia, da Quihita com mil metros cúbicos/dia e da Chibemba com 720 metros cúbicos/dia.

Explicou que o plano para a Huíla está repartido em 11 lotes de implementação e prevê minimizar a carência de água nos três municípios da província.

O projecto, segundo Carolino Mendes, está na fase de avaliação das propostas técnicas e financeiras, pelo que até ao final do ano devem iniciar as obras.

Por sua vez a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Maria João Chipalavela, disse que energia e água são pressupostos determinantes para a promoção do desenvolvimento local.

Salientou que tais bens são prioridades no plano de governação da província da Huíla, pois a energia é uma condição e a água uma prioridade para o desenvolvimento da agricultura, da indústria mineira, bem como uma janela de oportunidades para os empreendedores.

O projecto para além de ter sido oficialmente apresentado à população da província da Huíla, serviu ainda para recolha de contribuições para enriquecê-lo, num evento presidido pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges. EM/MS





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