Luanda - A segunda revisão da Programação Macroeconómica Executiva (PME) para 2021 prevê a expansão da base monetária em 16,6% e do crédito ao sector privado, em moeda nacional, em torno de 8,2%.
Conforme o secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis, que falava esta quinta-feira, no habitual briefing, sublinhou que a revisão apresenta também o sector externo com um saldo superavitário na ordem de USD 7.661,2 milhões, reflectindo uma melhoria relativamente ao 2020 (USD 871,9 milhões).
Reiterou que a revisão da PME 2021 aponta igualmente para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,2%, por conta de um crescimento assinalável do sector não petrolífero (5,9%), apesar do agravamento da contracção do sector petrolífero, incluindo o gás (- 11,6%).
Quanto ao sector fiscal, o saldo fiscal superavitário prevê um aumento de 3,4% do PIB, contrariamente à perspectiva de défice que se antecipava no OGE 2021 (-2,5%).
Milton Reis disse que, fruto dos dados da segunda revisão do PME, a nível do I semestre deste ano, registou-se um desempenho positivo do sector não petrolífero, bem como das contas fiscais e externas.
Destacou que o processo resulta da articulação entre a política monetária e fiscal e da recuperação do preço do petróleo no mercado mundial, não obstante as restrições ainda prevalecentes em decorrência da pandemia da Covid-19 e a forte contracção do sector petrolífero, incluindo o gás.
De acordo com o secretário de Estado, quanto aos pressupostos do Quadro Macroeconómica de referência para o OGE 2022, foi aprovado na quarta-feira (07), na 8ª Reunião Ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, a nota de fundamentação das projecções do Produto Interno Bruto (PIB) para o período 2021- 2022 que contém os pressupostos do quadro macroeconómico de referência para o OGE 2022.
As previsões indicam para 2022, um melhor desempenho das principais variáveis estabelecidas, com realce para a produção de petróleo, apontando para um cenário de manutenção da recuperação da actividade económica, em que o PIB deverá crescer 2,4%, em decorrência de um crescimento, tanto do sector petrolífero (1,3%), quanto do sector não petrolífero (3,1%).
Ao se debruçar sobre os resultados das Contas Nacionais referente ao II Trimestre de 2021, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), Milton Reis indicou que os dados apontam para uma recuperação da actividade económica.
