Projecto Lunhinga injecta USD 200 mil em acções sociais

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 24 Junho De 2021    20h12  
Diamantes produzidos em Angola
Diamantes produzidos em Angola
Pedro Parente

Lucapa – O Projecto Lunhinga, dedicado à exploração de diamantes, na Lunda Norte, tem disponibilizado, anualmente, entre 100 a 200 mil dólares americanos, para apoiar as questões sociais das comunidades locais.

Conforme o coordenador da Comissão de Gestão do Projecto Lunhinga, Adérito Gaspar, o valor anual alocado à acção social tem servido para aquisição de cestas básicas para autoridades tradicionais locais, construção de escolas e centro de saúde, oferta de materiais de biossegurança, instalação de chafarizes e reabilitação das vias de acesso às comunidades.

Ao falar à imprensa, no âmbito da jornada de campo que alguns jornalistas efectuam nas zonas mineiras do país, o gestor referiu que, além desses apoios, a empresa também prima pela absorção da força de trabalho local, com maior destaque para a camada jovem.

Considerada como uma das 10 maiores minas de diamantes do mundo, situada no município do Lucapa, a sul da província da Lunda Norte, actualmente, o Projecto Lunhinga  produz uma média de 10 mil quilates por mês.  

No exercício económico 2020, a empresa produziu perto de 112 mil quilates de diamantes, que resultou numa facturação de cerca de 22 milhões de dólares.

Essa produção representa um aumento de 37 mil quilates, comparativamente ao ano 2019, que explorou cerca de 75 mil quilates.

Para continuar a aumentar a capacidade de produção, o Lunhinga, que explora diamantes no kimberlito de “Camatchia”, investiu cerca de 10 milhões de dólares, que serviram para recuperar mais uma central de tratamento (lavaria), paralisada há cinco anos.

Segundo Adérito Gaspar, com a entrada em funcionamento dessa lavaria, em Setembro próximo, os níveis de produção poderão duplicar para perto de 20 mil quilates por mês, até 2022.

Na ocasião, o coordenador da Comissão de Gestão do Lunhinga fez saber que o investimento serviu também para aquisição de novos equipamentos mineiros, assim como reparação e manutenção de outros meios.

Afirmou que, actualmente, o projecto mineiro explora diamantes apenas no kimberlito de Camatchia, com uma área de 30 hectares, enquanto a outra mina de “Camagico” encontra-se em avaliação.

No médio prazo, avançou, a empresa prevê também explorar o kimberlito de Camagico, que permitirá elevar os níveis de produção para cerca de 30 mil quilates de diamantes por mês.   

Em termos de stock, o Lunhinga conta com cerca de 500 mil quilates de diamantes e oito milhões toneladas de mineiro em reservas provadas ao redor do kimberlito de Camatchia, que poderão ser explorados num período de cinco anos.

Paralelamente às reservas, Adérito Gaspar assegurou ainda a existência de estudos geológicos que visam o aumento das reservas do projecto e a vida útil dos kimberlitos.

Actualmente, a empresa gerida pela Endiama emprega 372 trabalhadores, dos quais 95 por cento são nacionais e 5% estrangeiros.

Com uma área de concessão de cerca de 275 quilómetros quadrados, o Projecto Lunhinga, constituído há dois anos, substituiu a antiga Sociedade Mineira do Camatchia-Camagico (Luó-SMCC).

O Camatchia é um kimberlito de diamantes em operação desde 2005, situado a cerca de 75 quilómetros do Lucapa (Lunda Norte) e a aproximadamente 80 quilómetros a norte da cidade de Saurimo, capital da província da Lunda Sul.





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