Prospecção no Luaxe termina em 2023

     Economia           
  • Lunda Norte     Terça, 10 Agosto De 2021    19h34  
Luanda-Norte: Mina do Luaxe
Luanda-Norte: Mina do Luaxe
Helder Dias

Dundo – Os trabalhos de estudos geológico-mineiros do projecto mineiro Luaxe, considerado um dos maiores kimberlitos do mundo, iniciado em 2014, será concluído apenas em 2023, anunciou nesta terça-feira, no Dundo, província da Lunda Norte, o director-geral da Endiama Mining, Pedro Cabral.

Em declarações à imprensa, à margem da reunião de balanço do subsector dos diamantes, Pedro Cabral disse que continuam a decorrer os trabalhos de sondagem, conservação, manutenção da mina, extracção e recolha de amostras.

Acrescentou que o kimberlito, localizado na província da Lunda Sul, já foi avaliado até os 600 metros de profundidade e o resultado indica uma reserva em termos de minério a volta de 650 milhões de toneladas e 630 milhões de quilates de diamantes.

Disse que foram investidos, até ao momento, 230 milhões de dólares norte americanos e nos próximos dois anos prevê-se um investimento de mais 150 milhões de dólares para concluir todos os estudos.

Fez saber que recentemente foi celebrado um contrato para aquisição de uma central de tratamento para tratar o material do kimberlito e decorrem estudos de investimento em termos de equipamentos para se fazer em 2024 a exploração e/ou produção definitiva da mina.

Dados de Abril do ano em curso, indicavam que já foram extraídos cerca de um milhão e 500 mil quilates de diamantes, do qual se perspectivava retirar  380 para a comercialização primária. O valor da venda servirá para a conclusão dos estudos geológico-mineiros, elaboração de estudos de viabilidade e saber em concreto da qualidade dos diamantes do Luaxe.

O Luaxe tem, até ao momento, 100 trabalhadores e, entre outros trabalhos, já foram feitos na mina 149 poços, correspondentes a 44 mil metros perfurados, e retirados mais de 20 milhões de metros cúbico de massa mineira, para se atingir o kimberlito.

Com uma extensão de cerca de 1.195 quilómetros quadrados, os accionistas são a Sociedade Mineira de Catoca, Endiama e a Alrosa. A miuna terá um tempo de vida útil de 30 anos.

Caso as previsões se revelam correctas, a produção máxima da mina será superior a oito milhões de quilates/ano, acima dos mais de nove milhões gerados actualmente em todo o país.





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