Malanje- O ministro e chefe-adjunto da Comissão da Embaixada do Quénia em Angola, Haggai Ouguki, manifestou hoje, terça-feira, o interesse de empresários do seu país em investir e dinamizar o sector turístico na província de Malanje, para a geração de receitas.
A aposta neste segmento passa pela construção de infra-estruturas de apoio à actividade turística e formação de quadros, com vista a rentabilizar o sector na província que, na sua opinião tem vasto potencial e pode contribuir no processo de diversificação da economia do país.
Segundo Haggai Ouguki, que falava durante um encontro com a classe empresarial local, há um crescente interesse de empresários quenianos no turismo em Angola, particularmente em Malanje, dado o seu potencial.
Precisou que o seu país dispõe de experiências neste ramo e está disposto a transferir capitais e conhecimentos, para tornar o turismo em Malanje mais competitivo, sem descurar a possibilidade de empresários malanjinos investirem no mesmo ramo no Quénia.
Para além do turismo, apontou o a agro-pecuária como sendo também área de interesse para o seu país, a julgar pelo clima e terras férteis que Malanje dispõe para o desenvolvimento da agricultura e pecuária.
Outrossim, sublinhou que o seu país pretende, igualmente, reforçar a cooperação no domínio do ensino, por meio da construção de universidades e formação de professores, bem como no domínio da saúde, com a formação de mais médicos e farmacêuticos angolanos.
Por outro lado, entende que apesar dos 40 anos de cooperação, o volume de negócios entre Angola e Quénia ainda não é o desejado, daí a necessidade de se inverter o quadro, tendo em vista a melhoria das condições de vida dos dois povos.
Haggai Ouguki terminou hoje, terça-feira, uma missão de dois dias, que visou a prospecção de áreas de investimento em Malanje.
O empresário do ramo agrícola, José Semedo, considerou o encontro como mais uma oportunidade para os homens de negócio dos dois países estabelecer parcerias, numa altura em que a banca, por si só, não dispõe de capacidade para potenciar os empresários dos sectores estratégicos como a agro-industrial e turismo.
Porém, lamentou o facto de muitas das intenções de negócios manifestadas por empresários estrangeiros, não se concretizarem, augurando que esta venha a ser uma realidade.
A ideia é partilhada pelo fazendeiro Mário Franco, que aponta o financiamento externo como saída para o aumento da produção interna, porquanto os apoios internos escasseiam e tendem a ser cada vez mais burocráticos.
Durante dois dias, o ministro e chefe-adjunto da Comissão da Embaixada do Quénia em Angola, Haggai Ouguki, visitou vários projectos económicos e manteve um encontro com o governador provincial, Norberto dos Santos “Kwata Kawana”, com quem abordou a possibilidade de investimentos quenianos em Malanje.
