Luanda – As reformas efectuadas na Reserva Estratégica Alimentar (REA) vão apoiar a recuperação da capacidade máxima de produção instalada no tecido industrial angolano, facto que impulsionará o aumento da produção de bens alimentares no país, considerou esta quinta-feira, em Luanda, o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns.
De acordo com o governante, que falava durante a cerimónia de cumprimentos de fim de ano, a maior parte das indústrias angolanas opera apenas entre 10 e 30 por cento da sua capacidade instalada, um cenário que poderá mudar com as novas medidas da REA, visando viabilizar a subida das quotas de produção.
Essa estratégia, avança, será feita por via do aumento da produção de insumos e, consequentemente, o crescimento da transformação de bens alimentares, com a potencialização da indústria nacional.
Na ocasião, anunciou que a primeira fase da reestruturação começa a ser implementada a partir de Janeiro de 2024, concretamente com a entrada em funcionamento dos preços mínimos para alguns produtos agrícolas.
Recordou ainda que, em Janeiro próximo, entra em vigor a nova Lei sobre o Imposto de Valor Acrescentado (IVA), que reduz de 14 para 5% a incidência sobre os bens alimentares de amplo consumo, visando aliviar o custo de vida da população.
Com essa medida, esclarece o titular da pasta da Indústria e Comércio, a expectativa é que traga alguma estabilidade e uma ligeira redução dos preços.
A par disso, o ministro apontou a revitalização da Escola Nacional do Comércio (ENC), projectado para próximo ano, como um dos mecanismos de preparação de quadros para integração na cadeia de comércio de proximidade, desde pequenas lojas, médias e grandes superfícies de distribuição.
Segundo Rui Miguêns, o Executivo angolano vai continuar a reduzir, gradualmente, as importações, em 2024, de forma a garantir a estabilidade do fornecimento de bens e de serviço no país. OPF/QCB
