Refinaria do Lobito já tem algumas infra-estruturas erguidas

     Economia           
  • Benguela     Sábado, 10 Julho De 2021    14h32  
Tendência crescente do preço do crude conheceu um abrandamento essa sexta-feira (Foto Ilustração)
Tendência crescente do preço do crude conheceu um abrandamento essa sexta-feira (Foto Ilustração)
Angop

Lobito – As infra-estruturas criadas pela Sonangol na Refinaria de Lobito, província de Benguela, vão facilitar o trabalho do futuro investidor e reduzir o tempo de implementação do projecto, segundo o seu coordenador Gilmaro Correia.

Durante a apresentação do actual estado da refinaria, na altura do lançamento do concurso público, ocorrido sexta-feira, o coordenador do projecto afirmou que o investidor vai encontrar as condições criadas para colocar as bases das unidades e montar a refinaria.

Disse que os terraços onde ficarão assentadas as unidades da refinaria estão concluídos a 100 por cento.

“Estamos a falar numa ordem de trabalho onde tivemos escavações de mais de 18 metros de profundidade e aterros de mais de 10 metros de altura para nivelar a base onde ficará sentada a refinaria”, explicou.

Fez referência à dragagem da baía, numa profundidade de 15 metros, para facilitar o movimento de navios, e à construção do terminal marítimo, que, além do manuseamento do crude, servirá também para o descarregamento do equipamento da refinaria.

Informou que o fornecimento de água está programada a partir do Biópio, onde foi instalado um pipeline (tubos) de 24 quilómetros, e será armazenada em piscinas ao ar livre, para a reserva do plató superior, instalado a 120 metros de altura, para usar o sistema de gravidade.

“A antiga estrada que ligava o Lobito à povoação da Hanha do Norte, passando pelo terreno da refinaria, foi desviada, requalificada e entregue à administração local”, sublinhou.

A refinaria do Lobito conta com outras vantagens como o terminal mineiro do Porto do Lobito, o terminal logístico da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), que faz o manuseamento do produto, assim como o Caminho de Ferro de Benguela (CFB), que tefectua o escoamento.

O Aeroporto Internacional da Catumbela, que vai facilitar o movimentação de trabalhadores e potenciais clientes, será outra mais-valia, de acordo com Gilmaro Correia.

Os trabalhos da refinaria do Lobito, projectada para produzir 200 mil barris de petróleo por dia, começaram em 2008 com estudos de viabilidade económica e as intervenções físicas em 2010.

As actividades estão paradas desde 2016, devido à crise financeira do país.





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