Huambo – A vice-reitora para área Científica e Pós-graduação da Universidade José Eduardo dos Santos, Virgínia Quartin, defende a implementação de políticas públicas de fácil enquadramento dos técnicos agro-pecuários no mercado de trabalho, soube hoje a ANGOP.
Segundo a responsável, que falava sobre a Contextualização do Ensino de Investigação Agrária no Huambo, inserido no I fórum Agro-pecuário desta região do Planalto Central, o enquadramento destes quadros na respectiva área de formação evitará a sua fuga para outros ramos de actividade, além de promover o desenvolvimento sustentável.
Perante a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, referiu que, no período de 2013 a 2019, a UJES formou 300 licenciados em Engenharia Agronómica, 91 em Florestal e 217 médicos Veterinários, na sua maioria enquadrados no sector da educação, por falta de oportunidades na área de especialização.
Virgínia Quartin informou que a instituição formou, igualmente, 31 mestres em Agronomia e Recursos Naturais, 39 em Produção e Tecnologia de Alimentos e 13 em Medicina Veterinária.
Disse que a província conta ainda com 376 técnicos de Produção Animal, que se queixam da falta de oportunidades no mercado de trabalho e da fraca valorização.
“Com esses dados, podemos constatar um número significativo de quadros formados na área da agro-pecuária e florestal a nível médio, de licenciatura e mestrado, que, se bem aproveitados, podem alavancar o sector agro-pecuário nacional”, enfatizou.
Contudo, realçou que a realização do I Fórum Agro-pecuário do Huambo constitui uma grande oportunidade para a busca da sustentabilidade económica.
Referiu que, actividades do género, devem ser realizadas periodicamente, modo a tornar este sector mais forte e capaz melhorar as condições de vida da população.
O evento, realizado sob o lema “Para um Huambo mais forte e sustentável, reforcemos a fileira agro-pecuária”, visou reflectir sobre as estratégias de fomento deste sector na província e promover sinergia entre a academia, a investigação, os produtores directos e as organizações não-governamentais, com foco na promoção do bem-estar comum.