Reparação de 18 navios em 2022 traz alento à Lobinave

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  • Benguela     Quinta, 30 Março De 2023    18h38  
Navios inoperantes
Navios inoperantes
Quinito Bumba - ANGOP

Benguela – Dezoito navios com capacidade de até mil toneladas, entre os quais de pesca, cabotagem e petroleiros foram reparados, em 2022, no Estaleiro Naval do Lobito – a Lobinave, soube hoje a ANGOP.

Segundo Benjamim de Carvalho, director-geral adjunto da Lobinave, a reparação destes navios, provenientes de Cabinda, Luanda, Soyo e da zona pesqueira do Tômbwa, trouxeram grande alento à empresa tendo em vista a sua revitalização.

Entre as principais avarias na base da manutenção, está o desgaste no veio propulsor e a corrosão das válvulas das embarcações com as incrustações marinhas no casco, o que diminui o caudal de arrefecimento do motor.

O responsável, em entrevista à ANGOP, ainda ressaltou trabalhos de substituição de aço, tal como aconteceu recentemente no navio Macoa, em que foram substituídas cerca de 15 toneladas deste material.

O director-geral adjunto da Lobinave também enquadrou a reparação, no ano passado, de dez estruturas metálicas no ramo da metalomecânica, com destaque para instalações hidráulicas para o sector das águas.

“Temos estado a receber serviços não só na área naval, mas também da metalomecânica de quase toda a parte de Angola”, pontuou, ressaltando entretanto a reparação de uma tubagem para a empresa de águas e saneamento do Huambo.

Benjamim de Carvalho apontou, ainda, as bóias de sinalização marítima e gruas portuárias no Porto do Lobito como exemplo do trabalho da Lobinave, incluindo a limpeza e recuperação de tanques de armazenamento de combustível da Sonangol.

Aposta na revitalização

Aquele responsável olha para as 18 embarcações reparadas em 2022 como um bom indicador, uma vez que a empresa está em fase de recuperação.

Embora cumpridos apenas 40 por cento das metas para 2022, o entrevistado acredita numa “lufada de ar fresco” na vida financeira da empresa em termos de receitas, em função do número de trabalhadores e das responsabilidades com o Estado.

“Não é aquilo que prevíamos (…) mas é do conhecimento de todos que a Covid-19 afectou todo o sector económico do país”, assumiu, afiançando que, agora, há uma tendência de aumentar o número de navios por reparar anualmente.

É nesse contexto que revela que, este ano, a Lobinave começou com uma carteira aceitável e está, neste momento, na ordem de seis navios em reparação.

“Queremos atingir um número de navios superior ao do ano passado. Quiçá o dobro”, perspectivou, explicando que o estaleiro naval pode reparar 25 a 30 navios/ano e construir dois outros em simultâneo.

Localizada na baía do Lobito, a Lobinave (ex-Estalnave) emprega actualmente 143 trabalhadores angolanos e é uma empresa de referência nacional no que à manutenção, reparação e construção naval. JH/CRB 

 





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