Resenha Económica: Corte de cabos submarinos de telecomunicações - destaque da semana

     Economia           
  • Luanda     Sábado, 12 Agosto De 2023    11h30  
Recepção do cabo submarino de fibra óptica
Recepção do cabo submarino de fibra óptica
Nelson Malamba

Luanda – O corte simultâneo de três principais cabos submarinos de telecomunicações, que ligam a costa Ocidental de África à Europa, constituiu um dos factos mais marcantes do noticiário económico da ANGOP, durante a semana que hoje finda.

 

 

Trata-se do Sistema de Cabos da África Ocidental (WACS, sigla inglesa), SAT3 e ACE, cuja localização e as causas do corte ainda não foram identificadas, segundo a Angola Cables, empresa líder em soluções de conectividade e infra-estrutura de telecomunicações.

Em consequência desse incidente, todas as comunicações internacionais entre os países a Sul da República Democrática do Congo (RDC) com o continente europeu foram afectadas.

Por outro lado, também foi facto noticioso relevante, o acto de assinatura de uma Declaração Conjunta entre os Governos de Angola e do Japão, com vista à melhoria do ambiente de investimentos e das relações económicas de ambos os países.

O documento, rubricado pelo ministro angolano da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, e o ministro da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Nishimura Yasutoshi, serve, igualmente, para a liberalização, promoção e protecção dos investimentos, para além de reforçar o compromisso entre os dois países.

Outro assunto, que também dominou actualidade esta semana, foi a participação de Angola na Segunda Cimeira do Grupo dos 25 países africanos produtores de café (G25), que decorreu em Kampala, capital do Uganda.

Na ocasião, o ministro da Agricultura e Florestas (Minagrif), António Francisco de Assis, recordou que o Governo de Angola tem apostado seriamente na revitalização do sector cafeeiro nacional, com base na promoção de programas de fomento da produção dirigidos ao sector familiar.

 

Ainda sobre esse ramo da vida económica de Angola, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, anunciou  

que o país poderá suster suas necessidades de fertilizantes a médio prazo.

 

Na mesma senda, o titular da Pasta dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás avançou a pretensão de Angola estabelecer parceria com o Brasil no domínio da produção de fertilizantes, tendo em conta a sua experiência. 

Outra nota de realce, foi o anúncio da transferência do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) para a responsabilidade dos governos províncias e administrações municipais, sob coordenação operacional do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM).

A decisão, tomada pela Comissão Multissectorial desse Programa, visa garantir a sustentabilidade do PREI e fomentar o crescimento dos negócios para que possam ser elegíveis para outros programas do Governo.

Com isso, o processo de formalização passa a ser dividido em etapas, enquanto o processo de cedência de micro-crédito passa a ser em escalões que se adequem ao nível de actividade económica a formalizar.

Antes dessa medida, o PREI estava sob responsabilidade directa do Ministério da Economia e Planeamento (MEP).

Quanto ao sector financeiro, o destaque foi o início do processo de certificação dos bancos comerciais que irão emitir e disponibilizar o cartão de débito multimarca denominado “Multicaixa/Mastercard”, que permitirá aos clientes efectuar pagamentos em Angola e no exterior do país.

Segundo a Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), esse cartão visa proporcionar um instrumento de pagamento de utilização mais cómoda e conveniente ao cidadão angolano viajante, trazendo mais-valia em relação aos cartões pré-pagos e de crédito.

Entre outras vantagens do cartão de débito multimarca ou “co-badged”, a EMIS aponta, igualmente, a conveniência para o cliente bancário e a redução de custos para o banco emissor deste dispositivo.

No domínio dos transportes marítimos, destacou-se a reabertura ao público dos serviços de bilhética do Terminal de Passageiros (TP) do Porto de Luanda, suspenso há quatro meses.

O Terminal de Passageiros do Porto de Luanda foi consumido por um incêndio na sequência de um acidente de viação, causado por despiste de um veículo ligeiro na Avenida 4 de Fevereiro, no dia 8 de Abril do corrente ano.  

Para o sector energético, foi destaque, o interesse da República da Namíbia em importar a energia eléctrica de Angola, em função da sua produção ser em pequena escala.

O facto foi manifestado pelo presidente da Comissão Parlamentar de Economia e Administração Pública daquele país vizinho, Hon Natangue Ithete, que reconheceu que Angola está muito próximo de atingir os sete mil megawatts, daí o interesse da Namíbia.

Dados recentes, apontam que Angola faz parte do top 10 do ranking mundial dos países que mais contribuíram na geração de energia a partir de hidroeléctricas, resultado dos investimentos feitos no Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, nos últimos oito anos.QCB/PPA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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