Rússia quer manter parceria com Angola na área espacial

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  • Luanda     Sexta, 27 Janeiro De 2023    19h44  
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - O embaixador da Rússia em Angola, Vladimir Tararov, reiterou, esta sexta-feira, que o seu país vai manter a parceria com Angola na área espacial, garantindo apoio ao programa depois de cumprido com sucesso o projecto Angosat-2.

Segundo o diplomata, que falava à margem da cerimónia de inauguração do Centro de Controlo e Missão de Satélites, depois da entrega do Angosat-2, abrem-se outras oportunidades entre os dois países no domínio da comunicação terrestre.

Afirmou que Angola possui um satélite com capacidade diversa, que pode ser utilizado, não apenas para as telecomunicações, como também para a resolução de diferentes tarefas, quer para o país, quer para todo o continente.

"Cumprimos aquele contrato e entregamos o satélite à parte angolana. E para abrir todas as possibilidades técnicas de satélites, temos de instalar mais componentes terrestres", afirmou.

No quadro dessa cooperação, destacou os benéficos para as áreas das telecomunicações, desenvolvimento da indústria, a criação de mais programas económicos, sociais e empregos para jovens, tendo reiterado a disponibilidade de 300 bolsas de estudo para angolanos.

Segundo Vladimir Tararov, já existem outros parceiros que manifestaram o interesse em aproveitar as capacidades do satélite do Angosat-2  para ampliar a cooperação científica com Angola.

No quadro da inauguração do Centro de Controlo e Missão de Satélites, a Embaixada da Rússia atribuiu diplomas e medalhas a quadros seniores angolanos que contribuíram para o sucesso do projecto Angosat-2.

Entres os homenageados, estão o ministro das Telecomunicações, Tecnologias e Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, e os governadores de Luanda e Uíge, respectivamente, Manuel Homem e José da Rocha, antigos ministros do sector, bem como quadros do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).

Na mesma ocasião, o embaixador dos Estados Unidos da America,Tulinabo Mushingi, disse que os satélites devem ajudar a resolver os programas das comunidades nos mais variados domínos, como a seca.

“Estou cá para representar o povo americano, representar o meu país neste evento, e, como dizemos nos Estados Unidos, é um pequeno passo para Angola e grande passo para humanidade”, disse.



Para Tulinabo Mushingi, o Angosat-2 representa muito, frisando que os dados a serem transmitidos de diferentes satélites podem ajudar em diferentes domínios e resolver problemas das comunidades.

“A tecnologia é democrática. Se hoje o Presidente Biden está a usar a internet, é a mesma internet que (o Presidente) Vlatimir Putin está a usar e você está a usar”, disse o embaixador, para esclarecer que a tecnologia deve estar acessível para todos.





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