Sector energético condiciona expansão industrial do Moxico

     Economia           
  • Moxico     Terça, 05 Abril De 2022    13h05  
Presidente De Direccao Da Camara Do Moxico Agrione Manuel
Presidente De Direccao Da Camara Do Moxico Agrione Manuel
kinda kyungu

Luena – A fraca aposta nos sectores energético e de vias de comunicação inter-municipais e provinciais continuam a ser os principais factores impeditivos para o crescimento industrial da actividade empresarial, na província do Moxico, considerou hoje, no Luena o presidente da Câmara de Comércio e Industrial, Agrione Manuel.

Ao falar à ANGOP, sobre o estado actual do sector, o responsável, destacou os vários programas económicos que o executivo tem implementado para alavancar a Economia do país, mas lamentou a falta de investimento nos sectores energéticos e de estradas, factores que considera determinantes para se apostar na exploração industrial.

Face a estes factores, disse que a classe empresarial tem limitado as suas actividades na prática de comércio em pequena escala, por via de vendas de bens alimentares.

Entre os programas económicos em curso no país, destacou a implementação do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), que, segundo o responsável, tem revolucionado o sector agrícola da província, beneficiando a classe empresarial.

A nível da província, 17 cooperativas agrícolas receberam, cada, entre 10 a 30 milhões de kwanzas, no quadro do PRODESI, uma iniciativa do Governo Angolano que visa consolidar a diversificação da economia e o incentivo à produção interna.

Noutra linha de financiamento, cooperativas agrícolas dos ex-militares da província beneficiaram da aplicação de 440 milhões de kwanzas do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) para o fomento agrícola.

Com vista a melhoria da implementação desses programas no país, o responsável defendeu a necessidade de se disseminar mais informações dos projectos, com vista a beneficiar agricultores das zonas mais longínquas, mas que têm-se destacado na produção de bens alimentares, sem no entanto encontrarem oportunidades de acesso ao crédito.

“Os financiamentos não devem ser direccionados apenas em função dos projectos que os associados apresentam, é preciso que haja uma reformulação das políticas de acesso, publicitando mais os projectos nas comunidades e havendo a necessidade de fiscalização para apurar se os actuais beneficiários, efectivamente, produzem” disse.

Disse que apesar das várias potencialidades que a província ostenta, a região continua virgem em termos de investimento, apelando à classe empresarial de outras partes do país e não só, a explorarem as oportunidades de negócios existentes.

Actualmente, a Câmara de Comércio e Industrial conta com 116 associados, sendo que a capacitação dos empresários locais, em matéria de contabilidade e informática avançada tem sido as principais acções que a organização tem implementado.

 





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