Namacunde – O Serviço de Investigação Criminal (SIC), na província do Cunene, reforça ,em Santa Clara, município de Namacunde, as acções de fiscalização para evitar o contrabando de combustível, ao longo da fronteira entre Angola e Namíbia.
A informação foi prestada pelo porta-voz do SIC no Cunene, intendente José Coimbra, no acto de apresentação dos resultados do trabalho de combate à exportação ilícita de combustíveis, que decorreu ao longo do perímetro fronteiriço, nos últimos meses do presente ano.
Informou que as acções de fiscalizações resultaram na apreensão de sete viaturas namibianas, envolvidas no ilícito, que utilizavam caminhos proibidos, mormente na povoação de Santa Clara, Calueque e nos Marcos 16 e 12 e 5, respectivamente.
Explicou que foi apreendido 11 mil e 725 litros, assim como a detenção de 17 cidadãos, com idades entre os 23 aos 63 anos, dos quais quatro nacionais e 13 de nacionalidade namibiana.
Fez saber que as viaturas foram entregues às autoridades policiais namibianas para os devidos procedimentos que se impõem, já o combustível revertido à favor do Estado angolano.
O porta-voz disse que os envolvidos na prática do ilícito, alguns foram Julgados e condenados, de acordo o seu envolvimento e gravidade no caso, sendo que as penas foram convertidas em multa e restituídos à liberdade.
“A exportação ilícita do produto tomou contornos preocupantes, já que os indivíduos adquirem o gasóleo e gasolina em bidões e em veículos, com depósitos descaracterizados, entrando no território aduaneiro em regime temporário, de trânsito, de forma ilegal”, afirmou.
Para contrapor esta situação, explicou que vão continuar a reforçar os mecanismos de fiscalização das acções de contrabando de combustível ao longo da fronteira comum, em colaboração com as autoridades policiais namibiana da (NAMPOL).
Enchentes nas bombas de combustíveis
O contrabando do combustível tem gerado longas filas no abastecimento das viaturas e motociclos, nas bombas de combustíveis da Sonangol e Pumangol, na cidade de Ondjiva e povoação de Santa Clara, desde as primeiras horas do dia até às 15 horas.
O automobilista Avelino Kutala afirmou que o abastecimento tem sido muito lento, o que acaba por provocar muitas enchentes e, no final, muitos ficam sem abastecer, por alegada falta da gasolina, sobretudo.
O motociclista José Bartolomeu indicou que todos os dias o cenário nas bombas é o mesmo, por causa daqueles que compram em bidões e vão comercializar na vizinha Namíbia, o que tem estado a comprometer o exercício do táxi.
A província do Cunene partilha 460 quilómetros de fronteira com a Namíbia, sendo 340 terrestre e 120 fluviais.
