Siderúrgica do Cuchi em fase experimental na produção de ferro gusa

     Economia           
  • Cuando Cubango     Segunda, 01 Maio De 2023    14h03  
Companhia Siderúrgica do Cuchi
Companhia Siderúrgica do Cuchi
Armando Morais-ANGOP

Cuchi – A Companhia Siderúrgica do Cuchi, na província do Cuando Cubango, iniciou na madrugada de hoje, segunda-feira, a produzir, de forma experimental, uma média de 150 a 200 toneladas/dia de ferro gusa, contra as 300 toneladas projectadas inicialmente.

Até agora foram construídos, para sustentação da fabricação do ferro, 960 fornos, com a capacidade para a produção, cada, de mais de cinco mil e 500 metros cúbicos de carvão por semana.

Em declarações à imprensa, o director executivo da Companhia Siderúrgica do Cuchi (CSC), Geraldo Basques, disse que a indústria, doravante, vai impulsionar o desenvolvimento sustentável do país nesse quesito.

Referiu que este processo inicial oscilar nos 150 a 200 toneladas/dia, até atingir a máxima fixada em 300 toneladas/dia, para atingir nos próximos tempos um total de 1.500 toneladas  anualmente.

Até ao momento, já foram investidos mais de 50 milhões de dólares norte-americanos, desde a construção da fábrica, exploração da mina de ferro bruto, movimentação da linha ferroviária, entre outros investimentos.

Implantada numa área de mais de dois mil hectares, a companhia criou, numa primeira fase, 1.200 postos de trabalhos directos e indirectos, dos mais de cinco mil directos previstos até à fase terminal.

Trata-se da segunda maior indústria de género no mundo, depois do Brasil, assim como é o segundo país na fabricação de ferro gusa com a utilização de energia renovável. A Rússia e a Ucrânia são outros países que fabricam, mas através da utilização do combustível fóssil.

Actulamente uma tonelada deste minério está cotada no mercado internacional entre 300 a 400 dólares.

Geraldo Basques disse que o ferro gusa poderá ser exportado, a partir do Porto do Namibe, utilizando os Caminhos-de-ferro de Moçâmedes, para os principais mercados internacionais, com destaque para os Estados Unidos da América, países do continente europeu e asiático.

Com o ferro gusa em líquido, detalhou, Angola fará a fundição, a transformação em aço e com subprodutos contribuir na indústria sementeira, na correcção dos solos e adubo, para actividade agrícola, porquanto nada proveniente da indústria será desperdiçada.

Assegurou que o aumento da empregabilidade, sobretudo juvenil, terá lugar com a construção dos dois alto-fornos e o próprio aumento da produção, que está assente na reserva mineral suficiente de mais de 50 anos, numa altura em que o processo de reflorestamento já teve início dentro do CSC.

Apontou como desafios a construção de uma escola de fabricação de fertilizantes, de três novos altos-fornos, um mercado para a venda de produtos, construção de centros sociais entre outros.ALK/JSV





+