Luanda - O Sindicado dos Trabalhadores dos Transportes Marítimos, Portuárias, Ferroviários e afins, do Instituo Marítimo e Portuário de Angola (IMPA) suspendeu, temporariamente, a greve que iniciaria nesta segunda-feira, em função de novas negociações com a entidade patronal.
A suspensão da grave foi confirmada à ANGOP, pelo seu secretário-geral, Bernardo Miranda, tendo referido que todas as capitanias estão em funcionamento normal, descartando-se, assim, a greve que iniciaria às 00H00 de hoje (15 de Março) e estender-se-ia até às 23h59m do dia 29 deste mês.
Segundo o sindicalista, havendo soluções, serão obrigados a levantar a Declaração da Grave, cujas negociações começaram no sábado, 13, com uma convocatória do secretário de Estado dos Transportes, Jorge Benguela Calumbo, durante o qual foi estabelecido um tempo para conversações.
“No dia 26, vamos voltar a encontrar-nos para avaliar o grau de cumprimento das orientações daquilo que se traçou na primeira reunião de sábado”, adiantou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Marítimos, Portuários, Ferroviários e afins de Luanda (STTMPFL).
Estes reivindicam pelo imcumprimento dos acordos estabelecidos, no âmbito da negociação do caderno reivindicativo de 2019, com a entidade empregadora.
Na Declaração de Greve emitida a 03 de Março e remetida à Direcção Geral do Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA), os trabalhadores alegam a falta de seguros de saúde, de acidentes de trabalho e doenças profissionais, e a falta de equipamentos de protecção individual.
Afirmam ainda haver discriminação na remuneração suplementar e falta de pagamento dos subsídios de risco, de isolamento e de viagens.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Marítimos, Portuários, Ferroviários e afins de Luanda queixa-se também da existência de trabalhadores com mais de 10 anos na mesma categoria e de admissões e nomeações que atropelam as normas e procedimentos da Administração Pública.
Indicado a falar em nome do Instituto Marítimo e Portuário de Angola, o director da Direcção dos Recursos Humanos, Kinavuidi Paulo, referiu que a preocupação do Sindicato consta na agenda da instituição, que se propõe em resolver os problemas que afectam os seus trabalhadores.
Lembra que o Caderno Reivindicativo é de 2019, e que a actual Direcção entrou em funções há menos de um ano, encontrarando já o documento, com 13 pontos, seis já resolvidos.
“Houve e continua a haver este esforço da Direcção em atender as reivindicações constantes no Caderno, que são coincidentemente preocupações da própria instituição e que devem ser resolvidos com ou sem Caderno Reivindicativo, e sem Declaração de Greve”, defendeu Kinavuidi Paulo.
O IMPA conta, actualmente, com 758 trabalhadores destacados na sua sede em Luanda, Cabinda, Soyo (Zaire), Porto Amboim (Cuanza Sul), Lobito (Benguela) e Namibe, ou melhor, em todas as regiões ao longo da faixa litoral.
Entre outras acções, exerce as funções de coordenação, orientação, controlo, fiscalização, licenciamento e regulamentação de todas as actividades relacionadas com a marinha mercante e portos.