Ondjiva - O arranque das duas turbinas eléctricas, na Central Térmica de Ondjiva, província do Cunene, está condicionado devido a questões financeiras.
As turbinas do tipo TM-2500, com capacidade de 25 megawatts cada, tinham a previsão de início de actividade em Outubro de 2021.
As mesmas encontram-se já montadas, faltando apenas a instalação dos transformadores, acessórios e tratamento de combustível.
A informação foi prestada esta quinta-feira, pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, tendo destacado as dificuldades com recursos financeiros para garantir a contratação de técnicos estrangeiros especialistas em montagem de alguns equipamentos específicos.
O governante fez saber que os contactos foram efectuados, junto do Ministério das Finanças, e num curto espaço de tempo estarão disponíveis.
Esclareceu, igualmente, que estão a ser transportados para a província do Cunene os transformadores e outros acessórios que se encontram em Luanda, acrescentando que a instalação desses materiais poderá ser feita num período de um mês.
“Os trabalhos decorrem a ritmo normal e estamos optimistas de que, até finais de Abril ou princípio de Maio, poderemos ter uma das turbinas a funcionar", sublinhou.
Referiu que a acção faz parte de um projecto que tem sido implementado a nível do país pelo Executivo angolano, que pretende ver melhorado o fornecimento de energia eléctrica na região.
Assegurou ser compromisso do Executivo a entrada em funcionamento destas turbinas, a fim de eliminar as despesas mensais com a República da Namíbia e acabar com o défice que se regista em Ondjiva.
Afirmou que o arranque das turbinas vai reverter a situação do pagamento de factura avultada que o Estado vem acumulando, devido a essa alimentação da Namíbia, devendo ficar só para casos de emergência, tal como uma eventual avaria na Central Térmica.
A província do Cunene conta com uma potência de 11.9 megawatts, sendo 8.5 provenientes da Estação de Onuno (Namíbia), no quadro de um acordo assinado entre os dois países em 1999.
Neste momento, de acordo com o ministro, a Central de Ondjiva dispõe de uma produção de 3.4 megawatts, fruto da paralisação de dois grupos geradores, o que tem impactado na regularidade do fornecimento de energia eléctrica a Ondjiva e arredores.
Orçadas em 40 milhões de dólares cada, a entrada em funcionamento das turbinas vai aumentar a capacidade de produção de energia eléctrica de 8.9 para 58,5 megawatts.
