União Africana quer café como marca internacional

     Economia           
  • Luanda     Quarta, 14 Abril De 2021    08h11  
Cadeia de valores da produção do Cuanza Norte prevê inclui café como um dos produtos de eleição
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Joaquim Tomas

Luanda – A criação de uma imagem de marca do café africano e a advocacia para este reconhecimento junto do mercado internacional constam dos desafios da União Africana (UA), a curto prazo, para colocar a produção continental na “ribalta” e entre a preferência dos consumidores.

Segundo a comissária da União Africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável, Josefa Sacko, os desafios visam colocar a produção continental na “ribalta” e entre a preferência dos consumidores.

Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial do Café, que se assinala hoje (14 de Abril), a comissária Josefa Sacko, de nacionalidade angolana, adiantou ser necessário mobilizar-se investimento do sector privado, para apoiar a sustentabilidade das marcas e a origem do café africano.

A comissária da União Africana para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável salientou ser imperioso o estabelecimento de uma cadeia regional sustentável de abastecimento de café.

Disse que as intenções enquadram-se na eventual transformação da Organização Inter-Africana do Café (OIAC) em instituição especializada da UA, com vista a reforçar os objectivos continentais.

“Criar a procura, com especial realce para as ligações de mercado e investimento, assim como o  reinvestimento do sector privado, por parte dos produtores, bem como promover-se um clima e práticas amigas do ambiente, são outros desafios da organização, nesse domínio”, adiantou.

Gerir o conhecimento acumulado, disseminar informações pertinentes  e lições aprendidas, de forma a construir-se parcerias inclusivas e equitativas é o principal objectivo, que obriga, de cada país membro, o incremento de esforços afins, sublinhou Josefa Sacko. 

Neste particular, a antiga secretária-geral da OIAC durante 13 anos, incentivou a promoção da produção sustentável e o abastecimento de café de origens específicas.

Influenciar a política de apoio a sistemas de produção de café resistentes ao clima, e reorientar-se as estatísticas para se demonstrar a viabilidade económica da produção de café no pequeno produtor a nível dos pequenos proprietários, figuram também das estratégias da UA.

O Dia Mundial do Café é comemorado anualmente a 14 de Abril, em homenagem a uma das bebidas mais adoradas do mundo e com acentuada produção em Angola, no período antes da independência nacional, com a província nortenha do Uíge na liderança, onde se colhia cerca de 18 mil toneladas/ano.





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