USAID investe 64 milhões de kwanzas no fomento da apicultura

     Economia           
  • Cuando Cubango     Sábado, 19 Fevereiro De 2022    10h59  

Menongue - A organização americana USAID está a investir, desde Novembro de 2021, cerca de 64 milhões 685 mil e 208 Kwanzas, para o fomento da apicultura no Cuando Cubango.

Com término para Dezembro de 2023, o projecto vai beneficiar cerca de dois mil apicultores nos municípios de Mavinga e Rivungo, numa execução da organização PanAfricare, em parceria com o Governo angolano.

O objectivo do projecto é contribuir para a redução da pobreza nos parques nacionais de Luengue-Luiana e Mavinga, por meio de um desenvolvimento da cadeia de valor do mel inclusivo e sustentável.

O director nacional da PanAfricare em Angola, Wirsiy Peter Njofon, que avançou sexta-feira, em Menongue, a informação, fez saber que irão trabalhar com outros parceiros nacionais e estrangeiros, com destaque para ACADIR e The Halo Trust.

O valor no investimento servirá para a monitorização, compra de colmeias, sua montagem, processo de venda do mel e seus derivados, com a introdução de novas tecnologias de fabrico do mel, partindo do artesanal para o moderno.

De acordo com o director, que falava à imprensa no workshop sobre empoderamento de apicultores da floresta de Miombo, o objectivo é vender o mel no mercado nacional e internacional, tendo em conta a sua qualidade.

Wirsiy Peter Njofon referiu que, em Angola, depois do conflito armado que assolou o país, em 2002, a PanAfricare já apostou no fomento da produção do mel no Bié, com colmeias melhoradas, através de 500 apicultores, uma acção que terá a sua continuidade em Menongue, Mavinga e Rivungo, abrangidos no projecto Transfronteiriço Okavango - Zambeze.

A PanAfricare está a implementar projectos do género em sete países, como Angola, Burkina Faso, Chade, Quénia, Nigéria, Senegal e Zimbabwe.

PanAfricare trabalha em Angola nos programas de agricultura, saúde, formação profissional em Luanda, Cabinda, Cuando Cubango e Zaire, desde Fevereiro de 2021.

Já o oficial do escritório de desenvolvimento geral da USAID-Angola, Nascimento Soares, sublinhou que esta parceria visa a melhoria da qualidade de vida das populações resistentes no sul de Angola, numa altura em que o governo dos EUA reconhece o engajamento na protecção do ecossistema no país.

Conforme sublinhou, a envolvência dos EUA no fomento do mel surge em função de Angola ter produzido, em 2018, cerca de 90 toneladas deste produto, o que demonstrou possuir um potencial de duplicação da produção, com adopção de técnicas sustentáveis e novas tecnologias.

Nessa região do sul de Angola a exploração do mel é feita ainda de forma artesanal a nível de oito associações, cooperativas de apicultores e singulares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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